Saiba o que defendem os pré-candidatos do partido Republicano à presidência dos EUA em relação à política educacional de seu país
Na terça-feira, dia 3 de janeiro, Mitt Romney, pré-candidato republicano à presidência dos EUA, venceu o caucus do Estado de Iowa, primeira etapa oficial da corrida presidencial, com 30.015 votos (24,6%). Em outras palavras, Romney abriu o caminho para sua indicação como candidato do partido nas eleições presidenciais deste ano. Em segundo lugar, ficou Rick Santorum, com 30.007 (24,5%) votos, e em terceiro, Ron Paul, com 26.219 votos (21,4%). Um dos três enfrentará o presidente democrata Barack Obama no final deste ano.
No que diz respeito às propostas dos pré-candidatos à educação, o leque é variado. Romney, que é ex-governador de Massachusetts, sugere diversas políticas para a reforma educacional de seu país. Sua principal bandeira é a ênfase em provas padronizadas, e por esse motivo ele costuma elogiar a lei No Child Lef Behind (NCLB), que considera “um empurrão muito necessário ao sistema de responsabilização”. Na mesma linha, o pré-candidato ovacionou a iniciativa do presidente democrata Barack Obama Race to the Top.
As propostas de Santorum, ex-senador pelo Estado da Pensilvânia e católico conservador, são confusas. O republicano acredita que as escolas não servem seus “clientes”, o que, para ele, significa os pais dos alunos. “O governo convenceu os pais de que não é mais responsabilidade deles educar seus filhos. O Estado os força a levar as crianças para o sistema público, perder o controle sobre elas e não participar de sua educação”, declarou em debate recente. A proposta mais polêmica de Santorum foi apresentada durante a aprovação da NCLB, quando advogou pelo ensino de uma vertente do criacionismo nas escolas.
Por último, Ron Paul, senador pelo Estado do Texas, que trabalha pela “eliminação do ineficiente Departamento de Educação federal, o que deixaria as decisões educacionais para os estados, municípios e pessoas”. Paul também acredita que os pais devem ter o direito de “gastar seu dinheiro com a escola ou o método educacional que julgam adequado para seus filhos”. Outro projeto do senador republicano é eliminar os programas de financiamento estudantil, que representam um buraco de mais de US$ 1 trilhão no déficit orçamentário norte-americano. Para Paul, os empréstimos estudantis, como o programa brasileiro Programa de Financiamento Estudantil (Fies), precisam ser modificados – o pré-candidato não explica como pretende fazer isso.
O próximo passo da nomeação do candidato republicano se dará em New Hampshire no dia 10 de janeiro. Depois, serão realizadas votações na Carolina do Sul no dia 21 e na Flórida no dia 31. A votação decisiva acontecerá em 6 de março, quando 12 estados votarão sobre suas preferências – o dia é conhecido como “Superterça”. Para acessar o calendário das votações (em inglês), clique aqui.