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O estado de espírito da geração norte-americana pós II Guerra é retratado em On the Road Nas pegadas de Jack KerouacRomance que se tornou ícone da geração beat e exerceu grande influência sobre a cultura pop a partir de sua publicação em 1957, On the […]
Publicado em 30/01/2013
O estado de espírito da geração norte-americana pós II Guerra é retratado em On the Road |
Nas pegadas de Jack Kerouac
Romance que se tornou ícone da geração beat e exerceu grande influência sobre a cultura pop a partir de sua publicação em 1957, On the road – Pé na estrada teve seus direitos de adaptação adquiridos pelo cineasta norte-americano Francis Ford Coppola (O poderoso chefão, Apocalypse now). Acreditou-se, durante muitos anos, que o próprio Coppola dirigiria um longa a partir do livro de Jack Kerouac. O também norte-americano Gus van Sant (Elefante, Paranoid Park) teve seu nome ligado ao projeto. Mas, graças ao êxito internacional de Diários de motocicleta (2004), sobre a juventude de Che Guevara, o diretor brasileiro Walter Salles e o roteirista porto-riquenho José Rivera assumiram o desafio de traduzir em imagens a torrente verbal de Kerouac.
Coppola apadrinhou a escolha da dupla e limitou-se ao papel de produtor executivo de Na estrada (EUA/Inglaterra/França/Brasil, 2012, 137 min), que estreou na mostra competitiva do Festival de Cannes, em maio do ano passado. Desde então, o longa fez uma carreira internacional de prestígio, embora muito discreta em números de bilheteria (cerca de US$ 6 milhões em todo o mundo, para um custo estimado de US$ 25 milhões). A imprensa de diversos países foi generosa com a adaptação, mas o público – inclusive no Brasil, onde obteve seu melhor desempenho depois da França – ficou muito aquém do esperado. A aventura existencial de Kerouac já não exerceria apelo sobre os jovens de hoje ou os jovens de hoje, público preferencial das salas de cinema, não consideraram que o filme lhes dizia respeito?
#R#
Em Na estrada, um jovem escritor (Sam Riley) e um de seus melhores amigos (Garrett Hedlund) viajam pelos EUA dos anos 1950. O primeiro admira a liberdade do segundo, cujo comportamento desrespeita os padrões conservadores da época. Mas, com o tempo, a relação entre os dois se torna mais complexa e envolve também outros personagens. Por fim, o escritor usa o amigo como inspiração para um romance. Salles (que realizou um documentário sobre o livro antes de rodar o filme) e Rivera procuram recriar o estado de espírito da geração norte-americana do pós-II Guerra Mundial – e fazem um inventário poético dos desejos e incertezas da juventude em qualquer lugar ou período.
Tio Carlos, o Marighella |
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Já disponível em DVD, o documentário Marighella reconstitui a trajetória do ex-deputado e militante de esquerda pela ótica de sua sobrinha, a cineasta Isa Grinspum Ferraz. Ele era apenas o “tio Carlos”, que Isa, ainda criança, só associou à figura pública perseguida pela ditadura um pouco antes de seu assassinato, em 4 de novembro de 1969. O segredo de família precisou ser guardado por muitos anos. Como foi a tomada de decisão pela abordagem pessoal, da sobrinha que recorda memórias do tio enquanto o filme revive a história do Brasil? Como foi o convite para que Mano Brown compusesse a canção que encerra o filme? Os professores vêm demonstrando interesse pelo documentário? |
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