NOTÍCIA
Crescimento de cursos em plataformas abertas põe em xeque os limites da formação tradicional Luciene Leszczynski movimento cultural chega às universidades, engajado num aprendizado cooperativo. É bem verdade que a cultura e a construção do conhecimento sempre estiveram lado a lado, mas agora essa parceria […]
Publicado em 27/03/2013
Crescimento de cursos em plataformas abertas põe em xeque os limites da formação tradicional
Luciene Leszczynski
movimento cultural chega às universidades, engajado num aprendizado cooperativo. É bem verdade que a cultura e a construção do conhecimento sempre estiveram lado a lado, mas agora essa parceria se formaliza por meio de uma nova plataforma: a da educação formal aberta. Iniciativas como a Universidade Fora do Eixo, Universidade Livre da Cultura e Universidade das Quebradas se constituem como um espaço de formação e troca de experiências, alargando as fronteiras para o acesso ao conhecimento no campo da cultura e expressão social.
Na Universidade Fora do Eixo, por exemplo, não há um campus, mas sim vários, nos quais são oferecidos diversos cursos em parceria com dezenas de instituições de ensino, entre outras entidades, em que cada aluno acumula créditos na medida de seu interesse e participação, sem precisar seguir uma grade curricular preestabelecida. Já na Universidade das Quebradas, ligada ao Programa Avançado de Cultura Contemporânea da UFRJ, a ideia é estabelecer uma integração entre a produção cultural das comunidades e o meio acadêmico. Como objetivo em comum, projetos como esses têm a característica de apostar na necessidade constante de formação e de que não há limites para o conhecimento.
A propagação dos cursos abertos é amplificada ainda mais com o avanço das plataformas on-line. Concebidos por entusiastas da educação aberta, com o apoio de plataformas web e, normalmente, sob o escopo de conhecimento produzido por uma universidade, os MOOCs, sigla em inglês para Massive Open Online Course, ganham cada vez mais adeptos: alunos, professores e instituições participando de uma rede de produção e livre compartilhamento de conhecimento. Aonde essa nova concepção de ensino irá nos levar ainda não é preciso, mas ficar de fora dessa rede é um caminho praticamente impossível de tomar e pensar sobre uma possível modificação dos métodos de aprendizagem é uma necessidade urgente.