NOTÍCIA
Elenco do filme Elefante Branco: questões similares às do Brasil Na ausência do Estado, a ação socialA trama da produção argentina Elefante Branco (2012, 110 min.) é ambientada na região metropolitana de Buenos Aires, mas poderia se passar também nas manchas urbanas de São Paulo, […]
Publicado em 10/04/2013
Elenco do filme Elefante Branco: questões similares às do Brasil |
Na ausência do Estado, a ação social
A trama da produção argentina Elefante Branco (2012, 110 min.) é ambientada na região metropolitana de Buenos Aires, mas poderia se passar também nas manchas urbanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador ou Recife. Aqui e lá, a expressão usada no título tem o mesmo significado: uma obra pública que consumiu pesados investimentos do Estado sem trazer benefícios para a população, seja porque não havia demanda que a justificasse ou, simplesmente, porque ela teima em não chegar ao fim.
No filme, o “elefante branco” é um hospital inacabado na periferia de Buenos Aires, no coração de um assentamento popular que lembra as favelas brasileiras. Em um cenário de descaso do Estado que lembra Cidade de Deus (2002), boa parte do amparo aos moradores vem de padres católicos cuja presença é apenas tolerada pelas milícias locais – que, por sua vez, vivem em permanente conflito. Os padres se esforçam nos bastidores para que cheguem os recursos necessários à conclusão do hospital, mas a tarefa é inglória.
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O diretor e corroteirista Pablo Trapero procura combinar a preocupação política, traduzida em uma cuidadosa exposição dos fatores que afetam a população do assentamento, com uma dose de humanismo de fundo cristão, transparente na atuação dos padres e de seus colaboradores. Em alguns momentos, Elefante branco chega perto de transformar esses personagens em heróis. Mas, ao fim, escapa da armadilha ao apresentá-los como figuras imperfeitas, que enfrentam angústias e dúvidas.
Seis séculos de Brasil |
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Roteirista de Bicho de sete cabeças (2001), Terra vermelha (2008) e As melhores coisas do mundo (2010), o jornalista Luiz Bolognesi (foto)estreia na direção de longa-metragem com a animação Uma história de amor e fúria, nos cinemas em abril. Voltado para os jovens, o filme examina três eventos-chave no desenvolvimento do país e arrisca uma previsão assustadora para o Rio de 2096. Quais foram os critérios para os três episódios históricos recriados pelo filme? E a importância dada ao golpe de 1964? O quarto episódio, ambientado em 2096, apresenta a população carioca disputando água potável e a cidade controlada por milícias. |
Agora em DVD
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