NOTÍCIA
O salvador da pátria “quadrada” De todos os gêneros da animação, o mais encantador para o olhar – sobretudo o infantil – talvez seja o produzido com a técnica do stop-motion. Bonecos de massinha (na maior parte dos casos) são fotografados em uma determinada […]
Publicado em 06/05/2014
O salvador da pátria “quadrada”
De todos os gêneros da animação, o mais encantador para o olhar – sobretudo o infantil – talvez seja o produzido com a técnica do stop-motion. Bonecos de massinha (na maior parte dos casos) são fotografados em uma determinada posição. Em seguida, os animadores fazem uma ligeira alteração nos bonecos e os fotografam outra vez, e assim sucessivamente. Ao final, milhares de fotografias disparadas em sequência criam a ilusão de movimento. Agora, imagine trocar bonecos por peças encaixáveis. Cerca de 20 milhões. Foi essa a quantidade de peças utilizada em Uma aventura Lego (EUA, 2014, 100 min.).
Para todos os que um dia brincaram ou ainda brincam com as figuras e cenários do universo Lego, o filme proporciona uma divertida imersão em um mundo de formas padronizadas – que se tornam, aqui, objeto de sátira. A história explora justamente o fato de todos os personagens viverem em um mundo “quadrado”, sem variações. O protagonista é Emmet, uma minifigura comum dos brinquedos Lego. Ele trabalha como operário civil em uma grande construção. Por acidente, é confundido com o aguardado herói que vai enfrentar um presidente tirano – e temos então uma inesperada combinação entre os universos de Matrix e de Transformers.
#R#
Para ajudar o pobre Emmet em sua jornada, aparecem a mocinha Wildstyle e diversos personagens de outros universos de fantasia, como o Batman, a Mulher Maravilha e o Superman – todos em minifiguras Lego. Realizadores também do longa de animação Tá chovendo hambúrguer (2009), os diretores Phil Lord e Chistopher Miller não se limitaram a usar a técnica do stop-motion. Uma pequena parte do filme precisou recorrer a computadores para criar, por exemplo, um mar. E, agradável surpresa, atores de carne e osso surgem na história para torná-la ainda mais encantadora – e, por que não, sarcástica, bem ao gosto de boa parte das crianças de hoje (e de sempre?).
Alfabetização audiovisual | |
No livro Fazendo cinema na escola – Arte audiovisual dentro e fora da sala de aula, Alex Moletta oferece uma espécie de guia para educadores interessados em produzir curtas-metragens com seus alunos, do planejamento à finalização do trabalho. Desde 2003, mais de 800 alunos da região do Grande ABC, em São Paulo, participaram das oficinas de realização audiovisual coordenadas por Moletta – e das quais saíram mais de 160 curtas. Qual a importância de inserir o audiovisual no cotidiano escolar? Quais as principais dificuldades identificadas por você para que o educador consiga trabalhar com o audiovisual em sua prática escolar? Como foi que você se aproximou do trabalho no ensino básico? |