Em 2016, um ano após o primeiro movimento das ocupações de escolas em São Paulo, uma pesquisa realizada pelo portal Porvir revelou que os jovens gostariam de ter mais voz no ambiente em que estudam – muito diferente do difundido estereótipo do estudante desinteressado. Segundo o levantamento, que ouviu principalmente jovens da região sudeste (85,4%), 52% dos estudantes acreditam que não pode faltar participação nas decisões da escola.
Na maioria das instituições, porém, ainda é comum que o aluno só participe em questões pontuais como a organização de uma festa junina ou um evento esportivo. Visando dar bases para que essa realidade possa mudar, o portal Porvir lançou, em setembro deste ano, um guia sobre participação voltado a gestores e educadores.
Em algumas escolas, esse caminho para uma participação mais ativa dos alunos já vem sendo trilhado. A revista Educação conversou com quatro escolas (duas da rede privada e duas da rede pública) que vivenciam isso na prática. Seja com a simples criação de oportunidades para que os alunos desenvolvam seus próprios projetos, seja com um sistema totalmente democrático, são experiências que buscam estimular e fortalecer a autonomia dos alunos, tornando-os mais ativos e responsáveis no processo de aprendizagem. Veja abaixo:
1. Gestão democrática

Crianças participam do ateliê de ciências na Escola Politeia (Foto: Yván Dourado)
2. Formação política e representação

Alunos do Colégio São Luís assistem ao debate entre chapas concorrentes ao grêmio estudantil, atividade parte do projeto “Democracia e participação” (Foto: Divulgação/Colégio São Luís)
3. Criação de projetos: rádio estudantil

Alunos do ensino médio criaram rádio na E.E. Professor Expedito Camargo Freire (Foto: Angélica Guimarães)
4. Atores da mudança: igualdade de gênero

Alunos da E.E. Abílio Manoel, de Bebedouro (SP), criaram clube HeForShe (ElesPorElas) | (Foto: Divulgação/Escola E.E. Abílio Manoel)