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Os professores de matemática buscam cursos de formação continuada de média e longa duração, principalmente nas modalidades presenciais e semipresenciais, tendo como um dos principais objetivos melhorar a aprendizagem do estudante. Esse perfil foi traçado pelo estudo Eu ensino matemática, conduzido pela Mathema, instituição que pesquisa e desenvolve métodos pedagógicos inovadores para melhorar o ensino da disciplina.
A consulta ouviu 1.838 educadores da educação infantil ao ensino médio, a maioria do sudeste (60%) e do sexo feminino (80%). Além disso, 8 em cada 10 estão, atualmente, realizando algum curso de pós-graduação. Quase metade (48%) dos entrevistados atuam apenas na rede privada, 41% trabalham apenas em escolas públicas e 11% em ambas as redes.
Os participantes responderam a um questionário on-line aberto entre novembro de 2017 e janeiro de 2018. O levantamento buscou
mapear o que os professores de matemática esperam da formação continuada e dar bases para a criação de cursos que correspondam a essas expectativas.
De acordo com o estudo, o principal motivo da busca pela formação continuada é a aprendizagem do estudante: 91% dos entrevistados classificaram esse aspecto como “muito importante” na decisão por fazer um curso de atualização.
Também se destacaram como elementos “muito importantes” a qualificação profissional (86%), a qualificação pessoal (79%) e a necessidade de preencher lacunas da formação inicial (70%).
Com relação ao formato da formação continuada, a preferência é pelas modalidades presencial (43%) e semipresencial (33%). Os cursos oferecidos on-line aparecem em terceiro lugar, com 23%. Além disso, 44% preferem os cursos de longa duração (mais de 30 horas), 40% os de média duração (entre 9h e 30h) e apenas 15% os de curta duração (3h a 8h).
No estudo, o grupo de atuação responsável apresenta como hipótese para a preferência por cursos de média e longa duração a possibilidade de o professor colocar em prática o que está aprendendo, em paralelo com a formação.
Os participantes também foram perguntados sobre os motivos para os baixos indicadores de matemática no Brasil. A principal razão apontada foi a metodologia inadequada (32%). Em seguida, aparecem a formação inicial dos professores (19%) e a formação continuada insuficiente (14%).
Consulta
O levantamento utilizou a metodologia PerguntAção, que envolve o público pesquisado em todas as etapas do processo. Os educadores foram ouvidos na reflexão sobre o tema, na concepção do questionário, na coleta das respostas e na análise dos resultados.
O relatório completo pode ser acessado neste link.
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