Budismo com neurociência, com psicologia social e método sistêmico fazem parte da metodologia do Planetapontocom (foto: Gustavo Morita)
O Grande Encontro que hoje, 28, chega ao seu último dia, acontece em São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças. Entre as mudanças na Base Nacional Comum Curricular está a inserção, no currículo escolar, das habilidades socioemocionais. Sabendo que a maioria das escolas ainda investiga como levar esse novo olhar para dentro das aulas, o evento convidou a jornalista e escritora especialista em educação, Silvana Gontijo, para contar como ela desenvolve essas aptidões nos alunos.
Impactada com a informação de que o coeficiente de atenção está cada vez menor – e com isso, atrair o olhar do aluno se torna uma grande missão – a jornalista compartilhou que ao enxergar a escola como um organismo vivo e com um olhar decentralizado muita coisa mudou.
Silvana faz parte do
Planetapontocom, que busca criar dentro de escolas territórios educacionais colaborativos, tendo como desafio fazer a instituição aplicar o conteúdo curricular junto a alunos engajados. “Fomos pensando em interdisciplinaridade e abrindo as caixas das disciplinas”, revela.
O
Planetapontocom segue as metodologias do
MatrixWorks – campo de conhecimento criado por uma norte-americana após visitar o Tibet – que junta Budismo com neurociência, com psicologia social e método sistêmico. Para Silvana, as escolas precisam atuar de forma mais holística e mais próxima.
A compreensão de que a escola é um ambiente de comunicação e que a educação é comunicação fez com que o Planeta criasse experiências de aproximação de linguagem. “Ai descobrimos que para termos indivíduos resilientes, de forma sistêmica, colaborativa e com toda a qualidade, a gente precisava mudar a abordagem de ensino”, explica a escritora.
Os principais desafios dos gestores escolares, na visão de Silvana, é facilitar a participação de pessoas e desenvolver competências nas escolas que querem inovar, com lideranças motivadoras e com potencial de colaboração. Há outro desafio, “para mudar tudo isso o mais difícil é o acordo de convivência. Esse acordo, cada escola sai de um jeito”.
Para Silvana, competências socioemocionais e como chegar a elas é um processo. “Eu acho o mais importante apresentar um contexto com educação com e através de causa. Dentro desse projeto precisamos contextualizar como cada competência está inserida”.
A jornalista possui um olhar mais amplo e simples sobre essa nova prática que deve ser inserida nos currículos. A ideia é provocar uma experiência transformadora no aluno e despertar nele essas capacidades. Um dos principais segredos é fazer com que o aluno se sinta protagonista do processo o qual está inserido.
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Autor
Redação revista Educação