No Acre, 79,5% das crianças de 4 e 5 anos não frequentam creche ou escola . Informações são de documentos do IBGE divulgados essa semana
Publicado em 07/12/2018
O relatório recém-divulgado do IBGE que retrata a realidade social do país, Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira, aponta que há uma predominância do ensino público na vida de meninos e meninas brasileiros, uma vez que, em 2017, 74,1% das crianças de 0 a 5 anos frequentavam escolas ou creches públicas.
A educação infantil (que atende crianças de 0 a 5 anos) na rede privada só prevalece quando o nível de instrução educacional de algum morador da residência da menina ou menino vai além do fundamental. Segundo dados do IBGE, 62,9% das crianças estão em escola ou creche privada quando há na residência um morador com ensino superior. Quando o morador mais escolarizado possui ensino superior incompleto essa porcentagem cai quase para a metade, com 33,8% dos pequenos em instituição pública. Já quando o nível mais alto de escolarização é o fundamental incompleto ou sem instrução o valor atinge quase a totalizada, fechando 96,2%.
Relação com outros países e estados
Vale ressaltar que, de 2016 para 2017, houve um aumento de egresso de crianças em creches, que foi de 50,7% para 52,9%, porém essa porcentagem ainda é abaixo da média dos 35 países que compõem a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), colocando o Brasil na 27ª posição em relação a crianças com 4 anos que frequentam redes de ensino.
No grupo de crianças de 4 e 5 anos, cuja frequência à escola ou creche é obrigatória, o porcentual chegou em 2017 a 91,7%, porém não suficiente para atingir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de alcançar todos os pequenos e pequenas ainda em 2016.
O documento apresenta que as maiores proporções de crianças de 4 e 5 anos frequentando escola ou creche estavam no Ceará, com 97,8% e Piauí, com 97,6%. Já as menores, no Amazonas, 77,8%, e Acre, 79,5%.
Síntese de indicadores sociais se baseou em documentos como os da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2016 e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
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