NOTÍCIA
Coluna do professor de Língua Portuguesa e orientador educacional João Jonas Veiga Sobral
Publicado em 02/03/2019
Por: João Jonas Veiga Sobral*
— Temos uns problemas para resolver. — Quais?
— Um professor permitiu que os alunos assistissem à abertura da Copa do Mundo na sala de
aula, contrariando nossas orientações.
— Ele foi avisado que não deveria fazê-lo?
— Sim, todos foram avisados, embora eu considere constrangedor dar um aviso dessa
natureza para os professores. Para piorar a situação, ele deixou um aluno de outra classe
assistir ao jogo, ou seja, permitiu que o aluno faltasse à aula de outro professor sem que
houvesse autorização para tanto.
— Talvez ele não tenha visto o aluno na sala.
— Mas se fizesse a chamada perceberia, não? Mas enfim, há outro problema.
— Qual?
— A assistente da orientação, ouvindo a entrevista do coordenador com o pai daquele aluno
que perdeu a prova, ficou chateada. Disse que ouviu o orientador mencionando-a como
culpada pelo ocorrido.
— Isso é muito sério. Vamos falar com o coordenador e com ela para entender o caso?
— Veja, já ouvimos a assistente. Não seria melhor ouvir o coordenador antes?
— Vamos falar com os dois juntos, considero mais adequado.
— Eu acho estranho que ela ouça a conversa e faça ilações com o que ouviu. Não é melhor
ouvi-lo em separado antes?
— Não, vamos falar com os dois juntos. Se ela ouviu e se chateou, algo ocorreu.
— Mas vamos mediar a situação sem antes esclarecer com ele separadamente?
— A mediação é o esclarecimento.
— Acho que o coordenador vai se sentir desprestigiado. Temo pela relação de confiança deles.
— Não há problema. Ele e ela terão de entender que é o nosso trabalho.
— Quanto ao outro professor, falaremos com ele também? É o mesmo aluno que está
envolvido nas duas situações.
— Não, isso já passou. Não mexeremos nisso.
*João Jonas Veiga Sobral é professor de Língua Portuguesa e orientador educacional
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