NOTÍCIA
Falta de vagas em creches do país continua sendo problema. A qualidade do espaço também merece atenção, defende instituição
Publicado em 17/05/2019
A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal desenvolve pesquisas e outras atividades sempre com o intuito de aprimorar políticas públicas com foco na primeira infância. Segundo o arquivo de dados da instituição, o acesso de crianças de zero a três anos nas creches passou de 16% em 2005 para 32,7% nos dias atuais. Já na pré-escola, o total de crianças matriculadas passou de 72% para 90%, no mesmo período.
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Porém, o cenário continua falho e desigual. Em resumo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada em 2018, aponta que um terço dos alunos de zero a três anos mais pobres do Brasil estão fora da creche por falta de vaga.
A Fundação alerta que o foco não deve ser somente nas matrículas, mas também na qualidade das creches, em outras palavras, defende que as instituições de educação infantil brasileiras tenham profissionais qualificados, práticas pedagógicas enriquecedoras, turmas pequenas por educadores, espaço físico e materiais apropriados. Além disso, outra prioridade deve ser na formação dos professores e também na comunicação das escolas com as famílias.
Contudo, em setembro do ano passado, uma operação de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), com 253 creches municipais de 215 municípios do estado, encontrou colchões mofados. Para piorar, 5% dos espaços visitados davam alimentos vencidos para os pequenos. Segundo o site G1, em 42,69% das creches também foram encontradas situações que poderiam colocar em risco a segurança das crianças, como brinquedos com ferrugem, pregos e parafusos aparentes, fiação exposta e grande quantidade de formigueiros em parquinhos.
Aliás, vale lembrar que, este ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avaliará pela primeira vez a educação infantil.
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