NOTÍCIA
Nesta coluna, Carlos Mometti da Faculdade de Educação da USP dá o ponta pé na parceria de conteúdo que visa construir pontes entre universidade e escola
Publicado em 17/01/2020
Por Carlos Mometti*
É notável a capacidade humana de desenvolver habilidades e técnicas no que diz respeito à sua sobrevivência. Desde os seus primórdios, a humanidade cria, testa e aplica suas ideias, processo este que caracterizou, em nossa história, a chamada tecnologia. Neste sentido, uma das características principais do homo sapiens é não apenas o seu potencial, mas a sua própria necessidade de pensar, razão pela qual termos como homo sapiens vêm dominando, nas últimas décadas, os textos científicos.
A propósito disso, podemos citar que muitos são os conhecimentos, desenvolvidos a cada instante, em diversas áreas e aplicações, que passam da vida puramente acadêmica para a vida cotidiana dos indivíduos. Ademais, armazená-los não consiste – se resguardadas as devidas proporções – em um problema, uma vez que se dispõe de dispositivos eletrônicos cada vez menores com a capacidade de guardar um volume grande de informação.
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Desta forma, no atual momento faz-se necessário refletir acerca de como tratamos todas estas informações, e por quais modos estas são compartilhadas e utilizadas. Citemos, por exemplo, os conhecimentos produzidos na área de educação, pela universidade. Alguns dos discursos com maior presença nos debates e discussões são de que “a teoria é uma coisa e, a prática, outra” ou “de tudo que os acadêmicos estudam, pouco, ou quase nada, aplica-se à sala de aula”, dentre diversos outros.
Neste sentido, por mais que uma quantidade considerável de conhecimentos na área educacional seja produzida pela universidade, serão estes realmente acessados pelos professores e professoras do ensino básico? As pesquisas que são desenvolvidas, por exemplo, nas áreas de currículo, metodologias de ensino, didática, entre outras, chegam às escolas para auxiliar os gestores e docentes?
As respostas para estas questões podem ser obtidas por meio de uma ponte. Sim, pois se uma ponte nada mais é do que uma ligação entre dois pontos que, a priori, não estão conectados, ligar a pesquisa educacional produzida na universidade com a prática de sala de aula será justamente o objetivo desta nova coluna.
Iremos, semanalmente, publicar artigos que tragam à luz ideias e conhecimentos científicos que têm sido desenvolvidos no campo científico na área educacional – entre outras instituições – e que reverberam na prática docente e/ou gestão escolar. Tais textos serão a “ponte pedagógica” entre a universidade e a escola.
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Esperamos, com isso, minimizar o distanciamento que há entre tudo aquilo que é produzido no campo acadêmico e o que, de fato, ocorre nas escolas. Aliás, se o conhecimento surge com o objetivo da aproximação, por parte de todos os envolvidos, com as ideias e objetivos pertinentes, nada melhor do que construir pontes para esta empreitada. Boa leitura.
*Carlos Mometti, da Faculdade de Educação da USP
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