NOTÍCIA
Entenda as dificuldades pós-isolamento do coronavírus e quais as diretrizes do MEC, junto do CNE, em relação a esse cenário
Publicado em 15/07/2020
Por Cristopher Morais*: A pandemia fez com que as escolas de todo o Brasil ficassem vazias e seus alunos seguissem tendo aulas de uma maneira diferente: virtualmente, no formato EAD (pelo menos os que possuem acesso). Já se passaram quase quatro meses e ainda não existe uma data certa para a volta das aulas presenciais. Contudo, algumas orientações já estão sendo feitas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão ligado diretamente ao Ministério da Educação (MEC).
É preciso que toda a comunidade envolvida no processo de educação compreenda que, ao passo que as aulas retornem, muitos protocolos deverão ser seguidos. Ou seja, pais, alunos, professores, gestores e o restante da equipe da escola, deverão estar cientes de que o processo de ensino-aprendizagem terá mudanças.
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Embora não seja possível prever de forma exata quando as aulas presenciais irão voltar a acontecer, é preciso se preparar para os novos protocolos de saúde a serem implantados na escola. Portanto, adaptação será a chave para lidar com isso tudo.
Em outros países a pandemia teve seu pico anteriormente ao Brasil. Por essa razão, estão acontecendo estudos profundos por parte de muitos educadores para saber como a volta às aulas deverá acontecer aqui no país. Neste material, reunimos algumas das principais informações sobre esses estudos e análises para que você, gestor ou professor, saiba como se preparar. Confira:
Uma resolução, que esteve aberta para consulta pública até dia 23 de abril de 2020, foi enviada para aprovação do MEC em 28 de abril. Leia a resolução diretamente do Diário da União.
A saber, esse documento traz orientações para auxiliar escolas a se adequar à regulação das principais ações a serem tomadas a curto prazo, diante da suspensão das atividades presenciais. Mas não é só isso. O documento também fala sobre quais ações devem ser colocadas em prática no que diz respeito à volta às aulas depois da pandemia da covid-19.
O Conselheiro do CNE, Eduardo Deschamps, diz que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pode ser utilizada como bússola pelo corpo docente e pela equipe pedagógica da escola, a fim de minimizar os danos da pandemia em relação à educação. A partir da BNCC, professores poderão reestruturar o plano de aulas e adequá-lo de acordo com as necessidades de cada série. Vale lembrar que a BNCC diferencia as diretrizes da educação infantil. Portanto, é preciso estar atento às especificações do documento.
Deschamps também destaca que, quando acontecer o retorno às atividades presenciais, alunos e professores deverão ser acolhidos de acordo com a complexidade da situação. Portanto, é preciso levar em conta todo o cenário. Tendo em vista que muitas pessoas enfrentaram momentos de vulnerabilidade durante a pandemia, é necessário existir uma estrutura dentro da escola para apoiar o psicológico de toda a comunidade escolar.
Escolas também deverão construir calendários que compreendam a realização de um diagnóstico do grau de aprendizado dos alunos, de maneira individual. Para isso, utilize os modelos de avaliação escolar.
Aliás, vale destacar que essa avaliação deve ser feita de maneira cuidadosa. O ideal é que o professor faça isso junto de um psicólogo. Assim, a criança poderá ser avaliada sobre seu aprendizado nas aulas online, com a escola e o professor percebendo também o impacto da situação em sua saúde mental.
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Como foi citado anteriormente, o pico da pandemia em outros países foi anterior ao Brasil. Sendo assim, isso significa que podemos avaliar a situação e preparar as escolas de todo o país para a volta às aulas presenciais.
Algumas questões devem ser analisadas:
Os desafios da pandemia não se farão presentes apenas enquanto as aulas forem virtuais. Quando professores e alunos retornarem para as salas de aula, muitos fatores deverão ser levados em conta pela escola.
Isso significa que será preciso contar com o auxílio de outras instituições.
No que diz respeito à saúde mental, conte com um psicólogo, ou com a assistência social da sua cidade.
Já para cuidar da saúde física de seus alunos e de toda a equipe que trabalha em sua escola, conte com os conhecimentos de médicos, com a Secretaria da Saúde de seu município e até mesmo com as diretrizes do Ministério da Saúde.
O contexto de todo o cenário é bastante complicado. Por isso, as ações da escola devem ser muito bem pensadas.
O ideal é ter um planejamento e alertar toda a comunidade escolar a respeito das diretrizes e ações que irão acontecer. Um exemplo de como lidar com a situação é seguindo um passo a passo:
(1) Retorno gradual, atento à saúde emocional e física de todos que compõem sua comunidade escolar (respeitando as regras do governo de seu estado);
(2) Avaliação diagnóstica de cada aluno para identificar os diferentes níveis de aprendizagem dos estudantes da escola;
(3) Manter uma comunicação clara e frequente com os pais e responsáveis de seus alunos.
O elo entre a escola e as famílias dos alunos, bem como uma comunicação clara com eles, é ideal para que o processo de volta às aulas aconteça de maneira eficiente e saudável.
Dado o fato de que essa é uma situação ímpar, criar uma rede de ajuda entre todas as pessoas da sua comunidade e as instituições é essencial.
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A tecnologia e o acesso à internet foram primordiais para dar andamento às aulas durante a pandemia. Vale destacar que isso irá permanecer quando as aulas retornarem ao seu formato presencial.
Se adequar a essas ferramentas digitais o mais cedo possível será um grande diferencial em sua escola perante o mercado.
Para isso, sua gestão educacional pode contar com o sistema de gestão Sponte. Nosso software possui uma série de ferramentas digitais que podem auxiliar sua gestão administrativa e pedagógica.
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*Cristopher Morais é executivo com mais de 13 anos de experiência nas áreas de tecnologia e educação, liderando a gestão de produtos, serviços e inovação. Possui graduação na área técnica e um MBA executivo em Gestão de Negócios, além de uma formação como coaching profissional. Possui experiência em processos de atendimento, desenvolvimento, gestão de projetos, implantação, vendas, marketing, inovação e sucesso do cliente. Trabalha na Sponte atuando como Head de Produto.
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