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Jovens, amem a vida alheia

O cuidado com o outro também pode ser trabalhado na escola. Com a pandemia, mais do que nunca a sociedade precisa dessa atenção ‘civilizada’, defende, neste artigo, o orientador educacional, João Jonas Veiga Sobral

Publicado em 29/01/2021

por João Jonas Veiga Sobral

Se há uma urgência em educação, essa urgência é ensinar aos jovens amar a vida alheia para que todos tenham vida e vida em abundância. Ensinar esses jovens que é na escola que se deve aprender o senso de comunhão e de socialização. Ensinar a eles que seguir os protocolos é a maior prova de nossa civilidade, de nossa condição cidadã e republicana e, mais, nosso senso humanitário.

As maiores habilidades e competências humanas desde quando decidimos andar eretos (ou talvez antes) foi a clareza de que era necessário o senso de coletividade para a sobrevivência.

Leia: Mentoria reversa e empatia nos tempos de pandemia

Lembrar e relembrar

Todos os dias deste ano, a escola precisa celebrar a vida e ensinar que, quando uma pandemia se alastra, ninguém adoece sozinho e muito menos se cura sozinho.

jovens pandemia

A pandemia pede aos jovens – e a todos – o senso de coletividade (foto de Cottonbro no Pexels)

Ensinar que preservar a vida própria e a do outro foi o que nos fez civilizados e à margem da barbárie.

Isso deve ser ensinado todos os dias, sobretudo neste ano. Se na pandemia os jovens aprenderem a cumprir os protocolos, se compreenderem a respeitar a vida deles e de todo os que os cercam (e os educam), aprenderão mais do que poderíamos ensinar por toda uma vida.

Ensinaremos a eles o que é efetivamente os pilares que sustentam uma civilização. E o respeito absoluto aos protocolos é a metáfora disso.

Este é o nosso desafio: transformar o cuidado com outro em conteúdo, em habilidade e em competência.

João Jonas Veiga Sobral é professor de língua portuguesa e orientador educacional.

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Autor

João Jonas Veiga Sobral


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