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Com ou sem aulas presenciais, trabalhar nas crianças e adolescentes tais capacidades continuam sendo vitais, ainda mais em tempos pandêmicos
Por Sueli Conte*: Seja adotando aulas online, presenciais ou híbridas, a maior preocupação nesse momento deve ser direcionada ao cuidado com a inteligência emocional e ao desenvolvimento de um trabalho socioemocional com as crianças e os adolescentes. Esses temas nunca estiveram tão em alta. Eles já tinham sua relevância, mas com a pandemia fica ainda mais claro que aplicar essas questões proporciona inúmeros benefícios.
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Dentro da competência socioemocional são trabalhados pontos essenciais para o desenvolvimento humano. Podemos reforçar na criança a sua própria identidade, ou seja, ajudá-las a entender quem elas são, quais os seus pontos fortes e fracos e, até mesmo, orientá-las quanto a identificação e como lidar com os mais variados sentimentos. Com as habilidades socioemocionais entendidas, torna-se possível alcançar, de forma mais assertiva, os objetivos traçados, fica mais simples tomar decisões de maneira responsável e até gerenciar as próprias emoções.
Foto: Envato Elements
Quanto mais cedo as pessoas têm consciência da importância das habilidades socioemocionais, melhores são os resultados em diversos setores da vida. Isso significa que entender desenvolver e buscar compreender tais aspectos desde a infância traz benefícios reais e garante preparo e equilíbrio para a vida adulta.
Pensando assim, o ideal é que os pais e responsáveis transformem em rotina o estímulo a certas habilidades, como: desenvolver empatia, apreciar a diversidade e, acima de tudo, respeitar os outros e as diferenças existentes entre as pessoas.
Claro, também é possível trabalhar o tema na escola. Aliás, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais em crianças precisa ser realizado em parceria entre a escola e a família, uma vez que essas características estão no dia a dia, nas pequenas atitudes, desde as atividades mais simples até as mais complexas. Não se constrói isso sem a participação da família ou sem a ajuda da escola.
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Incentivar e ensinar crianças e adolescentes a estabelecer relacionamentos com os colegas da escola, que eles saibam lidar com diferentes opiniões e costumes e, principalmente, a trabalhar em equipe são alguns pontos chaves, assim como é extremamente interessante que eles aprendam a lidar com os próprios conflitos, sejam eles internos ou externos.
Afirmo com segurança que meninos e meninas que conhecem e respeitam os próprios sentimentos, que têm empatia pelo outro, que conhecem limites e sabem respeitar as vontades dos outros, tornam-se adultos mais seguros, menos suscetíveis a julgamentos e muito mais felizes com as próprias escolhas.
*Sueli Conte é especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.
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