Projeto apresenta um panorama individual e coletivo da conectividade educacional no país e serve de apoio aos formuladores de políticas públicas. Iniciativa é do NIC.br e CIEB
O Mapa Integrado de Conectividade na Educação oferece um retrato geral e individual da qualidade da internet nas escolas estaduais e municipais de todo o país. O intuito é auxiliar gestores e secretários de educação na formulação de políticas públicas de conectividade educacional. Apresentada no final de março, a iniciativa é do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e faz parte do projeto Conectividade para Educação.
A iniciativa possui cerca de 140 mil escolas, sendo que em 27 mil delas, onde há medidores do NIC.br instalados, é possível verificar o desempenho da banda larga, o que permite estimar se ela está adequada ou deficiente e ainda se a internet é utilizada durante atividades pedagógicas ou se fica restrita à parte administrativa do colégio.
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Também permite escolher o estado, comparar com seu entorno, como residências e estabelecimentos comerciais, comparar a qualidade com escolas de outros municípios e até selecionar o porte da escola de acordo com a quantidade de alunos. A tecnologia para a conectividade também está inclusa na avaliação, como fibra óptica, satélite e rádio.
“Esses 27 mil medidores são os que desenvolvemos para o Programa Inovação e Educação Conectada (Piec), do Ministério da Educação (MEC). Seu número pode aumentar à medida que mais escolas forem instalando medidores, que são distribuídos gratuitamente. Por ora, eles estão em colégios públicos de aproximadamente 3.500 municípios, nas cinco regiões do país”, detalha Paulo Kuester Neto, analista de projetos do NIC.br e um dos idealizadores do projeto.
De acordo com Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, faltava uma base de dados integrada para informar melhor a situação de conectividade das escolas públicas brasileiras. A ferramenta cumpre essa função e poderá ser fundamental para as lideranças envolvidas na construção de projetos e políticas públicas relacionados ao tema.
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“Embora nos últimos anos a gente tenha registrado um aumento no volume de recursos destinados para este fim, a conectividade em escolas públicas ainda apresenta deficiências importantes tanto em relação à cobertura de sinal quanto à qualidade para o uso pedagógico por docentes e estudantes. Não estamos usando a tecnologia como uma alavanca para a educação brasileira, ao contrário do que muitos países fazem”, alerta Dellagnelo.
A diretora-presidente também enfatiza que faltam modelos de infraestrutura, de distribuição do sinal, de formas de contratação de Internet para apoiar gestores e gestoras.
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