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Jornada Bett Online

Pandemia escancara as várias possibilidades do aprender

O segundo dia da Jornada Bett Online contou com especialistas em metodologias ativas. Steam na modalidade híbrida e saúde mental também foram destaques

Publicado em 12/05/2021

por Redação revista Educação

Ensino híbrido e metodologias ativas foram destaques do segundo dia da 2ª Jornada Bett Online que aconteceu nesta quarta, 12. Lilian Bacich e Leo Burd, ambos especialistas nessa modalidade, falaram no painel Ensino híbrido no Brasil e as experiências internacionais e ressaltaram a importância das comunidades de aprendizagem e o olhar para os estudantes como criativos e protagonistas. A saber, Bacich destacou três elementos essenciais que devem ser observados nessa forma de ensino, como coerência para a formatação de projetos, abrangência para poder diversificar as aprendizagens e a continuidade para retroalimentar a própria experiência com os estudantes.

Leia: José Moran: modelo híbrido ainda é visto de forma limitada

ensino híbrido

Foto: Envato Elements

“Em todo esse processo, é preciso observar o tipo de realidade de cada aluno, de cada escola e comunidade de aprendizagem para levar as experiências que fazem mais sentido”, observou Lilian Bacich, o qual é coordenadora de pós-graduação em metodologias ativas no Instituto Singularidades e cofundadora da Tríade educacional.

“A aprendizagem criativa e mão na massa deve ser também interdisciplinar e, principalmente, trabalhar a relação afetiva que os professores já têm com seus alunos”, complementou Leo Burd, pesquisador do MIT Media Lab e diretor da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa.

Possibilidades diversas

Já a plenária Modelos flexíveis e metodologias ativas contou com a participação de José Moran, um dos fundadores da Escola do Futuro, projeto de Pesquisa da USP e especialista em transformação na educação, e Paulo Tomazinho, fundador da Meta Aprendizagem, consultoria especializada em implantar metodologias ativas em escolas e faculdades.

Moran abordou as mudanças e flexibilização em todos os setores da vida e a cultura de mudança que está por trás, com novos modelos mentais que exigem que gestores e docentes pensem em uma forma mais aberta e arrojada sobre como dar conta desses cenários que mudam tão rapidamente e como temos que pensar que flexibilidade não é só presencial e online, mas significa redesenhar a escola e a universidade como um todo, principalmente os currículos.

“O docente pode trabalhar mais estratégias, metodologias, espaços das soluções tecnológicas. A colaboração entre docentes é muito importante nessa transição e serve para a participação concreta mediada pelo professor para ter propósito e projetar o futuro”, disse José Moran.

Sendo assim, em um cenário novo, todos viram novatos e aprendem por experimentação e erro. Segundo Tomazinho, na educação é isso o que gera flexibilidade nos projetos: quem mais rápido experimentar, errar e fizer práticas didáticas, criar, testar e aprender se sairá melhor. “O gestor tem que pensar como transformar um profissional de ensino em um profissional de educação. O primeiro ponto é que a mudança seja interna, com consciência mais elevada. Em seguida, a missão é aumentar a consciência pedagógica e a fluência didática desse educador.”

Assista: Neurociência: como ensinar matemática de maneira criativa

Brasil e mundo

A sessão Microsoft Reimaginando a educação: lições aprendidas e um olhar para o futuro teve Anthony Salcito, vice-presidente global de educação da Microsoft, Vera Cabral, diretora de educação da Microsoft Brasil, Raniere Candido, diretor de tecnologia e inovação do Grupo Educacional Paraíso, PE, e Silvia Scuracchio, diretora pedagógica e head de inovação da Escola Bosque, SP. “As oportunidades e missões são para os estudantes projetos de vida e habilidades fundamentais para as futuras carreiras, com suporte para insights e guia para os jovens, mesmo aprendendo remotamente”, descreveu Anthony Salcito.

Maria Alice Carraturi, do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), mediou a palestra Como desenvolver Steam no ensino híbrido, com Mariana Peão Lorenzin, mestre na área de ensino de ciências com foco na formação de professores e steam, e Talita Marcília, coordenadora pedagógica do ensino médio no Colégio Humboldt, SP.

Talita Marcília apresentou, por exemplo, suas experiências e destacou as trocas por meio do Steam, cuja sigla em português significa Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Aliás, ela também falou das potencialidades com as habilidades remotas que acabaram sendo desenvolvidas neste período.

Para inspirar

Augusto Cury ministrou a palestra inspiradora do dia: O mundo clama por saúde mental. Ele, que é médico psiquiatra, pesquisador e idealizador da Escola da Inteligência discorreu sobre as perdas e o luto na pandemia, e como os educadores devem trabalhar as questões emocionais. “Fale mais para seus alunos. Seja um professor perguntador, para fazer seu aluno um ser pensador, e não um repetidor de opinião”, aconselhou.

A série de Palestras inspiradoras continua amanhã, 13, com o tema A educação do futuro para além da revolução digital, com Carla Tieppo, neurocientista e doutora em ciências pela USP.

Em resumo, a Jornada Bett Online acontece até sexta, 14. Inscrições gratuitas (clique aqui).

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Redação revista Educação


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