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Como motivar alunos a buscarem soluções para a sociedade

Gerente de cidadania corporativa da Samsung Brasil enxerga pontos positivos na educação a distância, inclusive nas escolas públicas. Ela fala da abordagem STEM e apresenta projetos criativos elaborados por estudantes

Publicado em 08/07/2021

por Redação revista Educação

Por Isabel Costa*: O desenvolvimento de ações educacionais em uma realidade de distanciamento social traz, inegavelmente, desafios para todos os envolvidos. Mas também proporciona soluções que certamente ficarão como legado. Vivemos um momento em que foi reforçado o papel fundamental da tecnologia na transformação do potencial humano, tornando-a uma ferramenta-chave na educação para além de motivar alunos. Jovens de escolas públicas de todo o Brasil já entendem, na prática, que projetos desenvolvidos utilizando as tecnologias de ensino remoto podem mais do que engajar, mas indicar alternativas para os desafios da sociedade.

A base para o sucesso desses projetos passa por pilares fundamentais que aproximam estudantes e professores. É preciso entender a realidade dos alunos, buscando formas, por exemplo, de proporcionar ou otimizar o acesso à internet, o que contribui diretamente na democratização do ensino, além de identificar quais as plataformas mais utilizadas por eles para que o conteúdo chegue em um formato atrativo. Essa ação ainda desperta um olhar mais cuidadoso e sensível, entendendo e auxiliando, inclusive, em carências e necessidades sociais em momentos tão desafiadores quanto o atual.

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Linguagens instigantes

A partir disso, o caminho é incorporar a tecnologia como incentivo para os jovens exercitarem sua criatividade para encontrar soluções para demandas da sociedade por meio de uma troca de conhecimento na dinâmica mais ativa possível e desafiando os estudantes a utilizar os conteúdos didáticos, presenciais ou virtuais, de forma prática.

Além disso, é necessário destacar o importante papel dos professores no estímulo ao protagonismo dos estudantes, atuando como mediadores na busca por respostas e soluções, o que promove o interesse dos jovens em escolher carreiras científicas, tecnológicas e de engenharias, auxiliando diretamente no desenvolvimento de potenciais líderes do futuro.

Nesse formato mais semelhante a uma curadoria de conhecimento, é possível aproveitar a tecnologia para abrir canais de comunicação e, com isso, promover mentorias e contato com especialistas que ampliem as oportunidades de aprendizagem.

motivar alunos

Foto: Envato Elements

STEM

Com esse foco, há uma metodologia de ensino que faz sucesso ao redor do mundo e ganha cada vez mais espaço no Brasil. Presente em países como Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, México, entre outros, a abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) promove o desenvolvimento de um aprendizado de ciências inovador, criativo e investigativo, considerando as demandas cotidianas dos estudantes, o que não só desperta o protagonismo neles como gera no professor uma mentalidade de educação integrada de ciências, centrada no aluno e baseada em projetos. É um modelo que estimula a comunicação e a colaboração em todos os envolvidos.

Foi a partir da abordagem STEM que duas equipes formadas por alunos do ensino médio da rede pública de Pernambuco se destacaram em meio aos 1.749 estudantes, 997 professores e 303 escolas públicas diferentes inscritos na edição de 2020 do Prêmio Respostas para o Amanhã, iniciativa brasileira do Solve For Tomorrow, programa global da Samsung que desafia estudantes de todo o país a desenvolverem soluções para problemas locais com experimentação científica e/ou tecnológica.

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Jovens participativos

Dessa forma, a Escola de Referência em Ensino Médio de Ipojuca, cidade com cerca de 85 mil habitantes que compõe a Região Metropolitana do Recife, foi uma das vencedoras da escolha por júri popular com um projeto que desenvolveu aromatizante e larvicida à base de canela e hortelã para combater o mosquito Aedes aegypti. A comissão avaliadora ainda colocou em terceiro lugar uma equipe do Instituto Federal de Pernambuco, no Recife, que trabalhou com materiais à base de grafeno (uma das formas cristalinas do carbono) sintetizados eletroquimicamente para ajudar na remoção de corantes têxteis usados no polo de confecção do Agreste Pernambucano, minimizando danos ambientais.

São projetos que comprovam o potencial e engajamento das escolas públicas brasileiras em experimentação científica e tecnológica, principalmente motivados por solucionar demandas reais, contribuindo diretamente na melhoria de vida das pessoas. O ensino a distância pode se consolidar como um aliado na aprendizagem de novas tecnologias para criar mudanças sociais positivas, principalmente aprimorando um olhar de protagonista aos estudantes, estimulando a utilização na prática, do que é ensinado na sala de aula.

 *Isabel Costa é gerente de cidadania corporativa da Samsung Brasil. 

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Autor

Redação revista Educação


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