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Por uma escola democrática: caminhos e adaptações em diálogo com a BNCC

O que entendemos por competências gerais? Durante o painel As competências gerais da BNCC: como planejar e avaliar?, a coordenadora do material de apoio ao programa Pró-BNCC (Base Nacional Comum Curricular) do MEC, Beatriz Ferraz, ressaltou a necessidade de se considerar essas atribuições na educação […]

Publicado em 11/05/2022

por Gustavo Lima

O que entendemos por competências gerais? Durante o painel As competências gerais da BNCC: como planejar e avaliar?, a coordenadora do material de apoio ao programa Pró-BNCC (Base Nacional Comum Curricular) do MEC, Beatriz Ferraz, ressaltou a necessidade de se considerar essas atribuições na educação infantil.

A educadora trouxe uma frase do filósofo e pedagogo estadunidense John Dewey para defender a necessidade dos estudantes reconstruírem na escola o que aprendem em suas vidas: a escola é um lugar de aprender a viver a vida.


Leia: Diálogo e empatia na escola


Para Beatriz, aprendemos refletindo a partir de nossas aprendizagens. “Há habilidades que são desenvolvidas pela repetição. Experiências socioemocionais, por exemplo, não se aprendem da mesma forma. É sobre viver.”

Como forma de desenvolver essas competências da BNCC no ambiente escolar, Beatriz aponta a criação de contextos e práticas como atividades em grupo, em que as mesmas poderão ser desenvolvidas. “É importante pensar em intervenções que apoiem o desenvolvimento dessas habilidades.”

Helena Singer, educadora e líder da Estratégia de Juventude America Latina na Ashoka, ressalta que os valores da democracia estão colocados na BNCC, bem como os valores de justiça, diversidade e integração com o meio. 

“Nas competências gerais também falamos de habilidades como, por exemplo, a empatia. São habilidades sofisticadas que temos a educação básica inteira para desenvolver”, refletiu.

Helena salienta que a escola deve atuar em todas as dimensões com seu próprio projeto político-pedagógico, valores que nortearão a instituição para resultados mais democráticos. “A escola deve se parecer mais com a comunidade em que está inserida do que ter um formato homogêneo entre elas”, defende. “É necessário que pensem em qual o seu papel para tornar o ambiente mais justo e democrático”, completa.

A profissional retoma a ideia de que esses valores não se fazem se não for na vivência. “Para ter a cultura da democracia, você precisa vivenciar isso cotidianamente”, pontua.

Helena aponta a necessidade de espaço para o diálogo. 

“A disposição dos móveis, por exemplo, precisa estar voltada para esse diálogo e não de uma forma que os estudantes estejam ali apenas para ouvir”, disse a representante da Ashoka.

Entre algumas das mudanças sinalizadas pelas palestrantes como importantes para o bom funcionamento das competências gerais está o método de avaliação, que deve ser feito por meio de um processo formativo e não por meio de provas.

Para Helena, a avaliação deve ser feita a favor do estudante e não como um processo de controle. “Precisa-se possibilitar que a escola seja uma usina de aprendizagem”, acrescentou.


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