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Trabalhar a inclusão nas escolas e o porte do educador para promover a igualdade foram destaques do painel da Bett Brasil de ontem, 11, que contou com a presença de Marta Gil, socióloga, consultora, escritora e coordenadora na Amankay Instituto de Estudo e Pesquisa e Elaine […]
Publicado em 12/05/2022
Trabalhar a inclusão nas escolas e o porte do educador para promover a igualdade foram destaques do painel da Bett Brasil de ontem, 11, que contou com a presença de Marta Gil, socióloga, consultora, escritora e coordenadora na Amankay Instituto de Estudo e Pesquisa e Elaine Cristina Brandão, diretora aposentada da rede pública.
Marta Gil divulgou o Guia do Educador Inclusivo, digital e gratuito, que comporta sete capítulos. Foram feitas pesquisas entre familiares de pessoas com e sem deficiência – as perdas de aprendizagem que ocorreram nos primeiros anos de pandemia foram abordadas.
Segundo Marta, o educador inclusivo deve valorizar a diversidade e fazer o “Inventário do Sim”, ou seja, escutar e apostar no potencial do aluno. “Todos podem aprender. O educador vai ver o aluno e não a cadeira de rodas, pois apesar de ver a cadeira de rodas, o mais importante é o aluno. Quem é esse aluno? O educador sabe que ele não tem 30 alunos e mais um, tem 31. Então vai preparar uma aula para todos, e se precisar fazer alguma adequação e ajuste, ele vai fazer.”
Vale ressaltar que para Marta o educador deve lembrar que todos são diferentes. Se a escola tem matriculado um aluno cego, ao matricular um segundo aluno com a mesma condição, a forma de se lidar com esse aluno será diferente, porque todos são diferentes. Segundo ela, o educador precisa ter coragem de se reinventar.
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Em 2009, com a aparição de um aluno com deficiência no colégio de Elaine Cristina, ela recorreu à Marta sobre o tema de inclusão para melhor direcionar seus estudantes e familiares. Elaine foi diretora, de 2005 a 2022, na escola pública E.E. Francisco Roswell Freire, no Grajaú, São Paulo. Segundo ela, com a presença desse aluno a escola teve que se reinventar, pois, é a escola que deve se adequar para o que o aluno precisa e não o contrário.
Seguindo esse caminho, seu colégio desenvolveu um plano estratégico que envolve metodologias ativas, a presença mais ativa do educador e uma avaliação de classe participativa, que consiste em observar as habilidades sociais do jovem e não somente seu resultado em provas, pois o objetivo principal é a formação do ser humano. “Para vocês terem uma ideia, aquele aluno que tirou nota alta com o professor, mas que na avaliação participativa tirou uma nota baixa, sua média seria baixa, porque nós estamos formando pessoas. A educação integral é a integralidade do ser, e o ser humano é um ser sensível, que se relaciona com o outro”, finalizou.
A Bett Brasil é o maior evento de educação e tecnologia na América Latina. Acontece de 10 a 13 de maio no Transamerica Expo Center, São Paulo. E nós, da Educação, estamos fazendo uma cobertura especial. Continue nos acompanhando. Clique aqui para ver nossa cobertura.