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Quando o assunto é a família, torna-se um consenso a necessidade de sua participação ativa na vida escolar dos estudantes. A maior participação dos familiares resulta tanto na melhoria da performance dos estudantes, quanto na melhoria do clima escolar e na redução da indisciplina e […]
Publicado em 17/06/2022
Quando o assunto é a família, torna-se um consenso a necessidade de sua participação ativa na vida escolar dos estudantes. A maior participação dos familiares resulta tanto na melhoria da performance dos estudantes, quanto na melhoria do clima escolar e na redução da indisciplina e dos casos de violência.
O desafio é pensar em como estimular a família a estar mais próxima do ambiente escolar? De acordo com os indicadores da Prova Brasil e do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), os obstáculos aumentam à medida que os estudantes avançam nas etapas de ensino. Desta forma, a proporção dos familiares e ou responsáveis que frequentam a reuniões escolares diminui quanto mais avançado for o estágio de escolarização dos estudantes, o que reflete na complexidade do novo ensino médio que vivem uma transição e que continuam precisando de confiança e orientação dos familiares.
Para que a participação dos familiares seja positiva e efetiva na escola, é necessária uma atitude e mudança de todos nós!
É comum os familiares acharem que cabe à unidade escolar tomar a iniciativa de procurá-los, enquanto a escola, às vezes não propicia esse momento de participação, chamando os familiares somente para conversar sobre os estudantes quando ocorre algum problema.
O desafio é romper com esses paradigmas e problemas e criar uma cultura de participação ativa dos familiares, buscando estratégias de aproximação, em que é necessário criar empatia entre familiares e atores da escola, em uma abordagem humanizadora em busca de uma cultura acolhedora e dialógica.
O trio gestor da unidade escolar tem um papel central de manter abertura do diálogo e tecer formações aos professores e familiares sobre essa temática, realizando uma constante busca ativa, aguçando esses atores a saírem de suas zonas de conforto em prol dos estudantes.
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Para colocar em prática, não existe uma receita única de sucesso, mas evidências positivas de redes de ensino e unidades escolares que facilitam aproximação com os pais.
A minha própria história com o trabalho de robótica com sucata é uma delas. O trabalho teve início da problemática do lixo e de ressignificar a aprendizagem dos estudantes da periferia da zona sul da cidade de São Paulo ao realizar aulas públicas e recolher o lixo para dentro da sala para criação de protótipos de diferentes funcionalidades. No começo os familiares não se interessavam em participar do projeto, mas com o passar do tempo e vendo os resultados do trabalho, começaram a aderir e participar ativamente das aulas públicas.
Outra sugestão é criar uma comissão de relacionamento dentro da unidade escolar e nas redes de ensino. Pessoas que serão responsáveis por essa interlocução com os familiares e vão trazer os principais pontos de dificuldades para as partes e apoio a atividades em desenvolvimento de práticas pedagógicas e extracurriculares, atendimento de familiares, visitas domiciliares, apoio a gestão da unidade escolar, entre outros.
Agir preventivamente é o que faz surtir efeito nesta aproximação, como criação de grupos de WhatsApp, envio de mensagens de texto aos responsáveis e apoio dos colegiados existentes como conselho de escola e Associação de Pais e Mestres.
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