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Apesar de os educadores terem se aproximado da tecnologia por conta da pandemia, nada substitui a escola presencial e a troca com os alunos, principalmente na educação básica, acredita Arthur Fonseca Filho, diretor do Colégio Uirapuru e presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar). […]
Publicado em 17/08/2022
Apesar de os educadores terem se aproximado da tecnologia por conta da pandemia, nada substitui a escola presencial e a troca com os alunos, principalmente na educação básica, acredita Arthur Fonseca Filho, diretor do Colégio Uirapuru e presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar).
Arthur participou ontem, 16, do painel O que as escolas aprenderam com a pandemia, do Grande Encontro da Educação, realizado pela revista Educação no Inteli, SP. Participaram da mesa Alexandre Schneider, presidente do Instituto Singularidades e Gustavo Torrezan, pós-doutor em educação e novas tecnologias.
“A pandemia decretou o fim do homeschooling porque se percebeu que não dá para desenvolver escolaridade sem escola, a escolaridade e a frequência diária são partes essenciais do que se chama escola. Não há no mundo, ainda, algo que substitua a instituição escolar”, disse Arthur Fonseca.
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“Temos que olhar para a tecnologia a partir de uma perspectiva pedagógica e não como um fetiche. A tecnologia educacional é pedagógica, não adianta ter uma plataforma tecnológica se não houver uma interação real no processo de aprendizagem”, orientou Alexandre Schneider.
Alexandre também enfatizou que além das perdas de aprendizagem é preciso pensar em outros pontos, como o isolamento social e a falta de interação com o aluno, pois o tempo em que eles ficaram afastados da escola nesse período de dois anos não será recuperado – os alunos voltaram para a escola como se fosse a primeira vez que pisam nela novamente, acredita.
Seguindo nesse caminho, Gustavo Torrezan comentou sobre a necessidade da escola focar no indivíduo e criar um sistema de ensino que tenha correlações maiores e homogêneas.
“Se antes a escola estava focada e olhando para o indivíduo, hoje, se a gente aprendeu alguma coisa durante a pandemia, é que as escolas, o sistema de ensino, se co-individua com uma rede de relações, criando por vezes uma força maior ou menor, mas sempre disputando hegemonias com as relações”, levantou Gustavo.
Ainda dá tempo de participar do Grande Encontro da Educação. Inscreva-se nos dias 18 e 19 de agosto, online e gratuit. Clique aqui