NOTÍCIA
A 12ª edição do alentado Mapa do Ensino Superior no Brasil, preparado pelo Instituto Semesp, confirma o crescimento do EAD em 2020, cuja pandemia ajudou a consolidar esse modelo, e evidencia a queda das matrículas presenciais. Ao olhar os números, vê-se que o setor andou […]
Publicado em 21/09/2022
A 12ª edição do alentado Mapa do Ensino Superior no Brasil, preparado pelo Instituto Semesp, confirma o crescimento do EAD em 2020, cuja pandemia ajudou a consolidar esse modelo, e evidencia a queda das matrículas presenciais. Ao olhar os números, vê-se que o setor andou de lado nesse ano, mas a subida do EAD traz uma preocupação: o público ainda não é o jovem, embora comecem a aparecer sinais de adesão. Mas a taxa de escolarização líquida cai e o país fica numa situação delicada para ter trabalhadores capazes de suprir a mão de obra especializada que a indústria tanto reclama.
A seguir, alguns dados, mas vale uma conferida na obra de 330 páginas e que traz um estudo detalhado do setor da saúde e os dados dos estados brasileiros. O total de matrículas cresceu 0,9% de 2019 para 2020, queda de 50% em comparação ao período anterior, quando as matrículas tinham aumentado 1,8%.
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De 2019 a 2020, o número de ingressantes até 24 anos de idade em cursos presenciais caiu 13,9%: 16,5% na rede privada e 7,7% na rede pública. 69,0% desses novos alunos estão na rede particular. Historicamente, o público mais jovem tem preferência pela modalidade presencial e pode ter optado por adiar o ingresso no ensino superior em virtude da pandemia. Os ingressantes da faixa etária até 24 anos representam 67,9% no total de novos alunos em cursos presenciais.
De 2019 para 2020, primeiro ano da crise sanitária, houve uma queda de apenas 5,8% no total de instituições de ensino superior (IES) no país, com decréscimo de 6,6% na rede privada. Ainda assim, 87,6% das IES brasileiras são particulares, concentrando 77,5% das matrículas de graduação.
81,4% das IES privadas são classificadas como faculdades, ou seja, são instituições com enfoque em formações específicas de uma área. Apenas 4,2% das IES da rede privada são consideradas universidades, com um portfólio de cursos mais abrangente. Na rede pública, 36,8% das IES são classificadas como universidades.
As IES de porte pequeno seguem sendo a maioria no país. Na rede privada representam 80,7% das instituições. Na rede pública são 36,7%. As IES de porte gigante, com mais de 20 mil matrículas, representam apenas 3% da rede privada e 15,5% na rede pública. As mantenedoras de porte gigante acumulam 59,6% das matrículas do país, contra 10,9% das IES de pequeno porte, apontando uma concentração do setor na mão de poucas instituições.
Depois de subir 14,0%, o número de polos entre 2020 e 2021 desacelerou em 2022, com um aumento de 1,1% na rede privada, que segue controlando as matrículas da modalidade (91,2%).
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Com o acréscimo de apenas 1,8% das matrículas de 2018 para 2019, o país registrou um aumento ainda menor de 2019 para 2020, de 0,9%, um provável resultado do primeiro ano da pandemia da covid-19. O aumento tímido no total das matrículas em 2020 foi puxado por uma queda de 6,0% de alunos na rede pública, que demorou a adotar o ensino remoto emergencial. Mesmo com a pandemia, a rede particular registrou um aumento de 3,1% nas matrículas no período, puxada pela modalidade EAD. Segundo projeções feitas pelo Instituto Semesp com base na Pnad Contínua do IBGE, 2021 deve registrar uma queda de cerca de 7,0% no total das matrículas.
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram 42,8% das matrículas do ensino superior do país. Rondônia é o estado com maior percentual de alunos em IES privadas (86,0%), seguido pelo Amazonas (84,7%) e Pará (84,4%), os três da região Norte. O Rio Grande do Norte é o estado com menor percentual de alunos matriculados na rede privada, 57,8%.
A rede privada registrou um aumento de 1,4 ponto percentual de alunos negros de 2013 para 2020. Na rede pública, esse crescimento foi um pouco maior, 2,3 pontos percentuais, resultado da Lei de Cotas.
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94,9% dos alunos de EAD estão em IES particulares. De 2019 para 2020, a modalidade registrou crescimento de 26,8% das matrículas: 28,6% de acréscimo na rede privada e queda de 0,2% na rede pública.
72,7% dos ingressantes de 2020 entraram em uma IES da rede privada. Mas houve queda de 15,6% no número de calouros nos cursos presenciais de 2019 para 2020. Na rede pública, o decréscimo foi de 9,1%.
As matrículas no EAD aumentaram 7,7% de 2019 para 2020, saltando de 19,1% para 26,8%. Com queda de 3,8% em 2019, as matrículas presenciais diminuíram mais 5,6%, chegando a uma baixa de 9,4% em 2020.
Do 1º semestre de 2021 (até maio), comparando com o mesmo período de 2020, houve queda de 16,8%, resultado da redução de 20,2% para cursos presenciais e aumento de 20,8% para cursos EAD.
Diminui a população de jovens de 18 a 24 anos: 2,4% de 2019 para 2020. Isso tem se refletido no arrefecimento das matrículas e de ingressantes no ensino superior dessa faixa etária: diminuição de 4,9% das matrículas e redução de 6,1% no número de ingressantes de jovens entre 18 e 24 anos.
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