NOTÍCIA
Na terceira edição da série Juventudes e a pandemia: e agora?, seis a cada 10 participantes passaram ou vêm passando por ansiedade nos últimos seis meses e 50% sentem o cansaço e exaustão frequentes como efeitos da pandemia. No levantamento, 18% dos jovens relataram depressão […]
Publicado em 13/10/2022
Na terceira edição da série Juventudes e a pandemia: e agora?, seis a cada 10 participantes passaram ou vêm passando por ansiedade nos últimos seis meses e 50% sentem o cansaço e exaustão frequentes como efeitos da pandemia. No levantamento, 18% dos jovens relataram depressão e 9%, automutilação ou pensamento suicida.
Divulgada em setembro, a terceira edição da pesquisa ouviu mais de 16 mil jovens de 15 a 29 anos de todo o país e é coordenada pelo Atlas das Juventudes e realizada em parceria com Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Rede Conhecimento Social, Mapa Educação, Porvir, Unesco e Visão Mundial, com apoio de Itaú Educação e Trabalho, GOYN-SP e Unicef.
Em termos de aprendizagem, 55% sentem que ficaram para trás como consequência da pandemia. E 11% ainda pensam em deixar de estudar nos últimos seis meses, enquanto 34% já pensaram, mas não querem mais parar. Durante os anos da pandemia, parte deles chegou a interromper os estudos em algum momento: em 2020, foram 28%; em 2021, 16% e em 2022, 3%.
Além disso, 52% sentem que desenvolveram ou intensificaram a dificuldade de manter o foco, 43% de se organizar para os estudos e 32% para falar em público, em função do período remoto.
Quase 5 a cada 10 jovens consideram que os conteúdos mais importantes para a escola estão relacionados à preparação para o mundo do trabalho e atividades para trabalhar as emoções. Para 1/3, as estratégias para organizar o tempo de estudo são essenciais.
Pensando no futuro da educação e nas prioridades para apoiar jovens a lidar com os efeitos da pandemia, são destacados, novamente, o apoio psicológico, desta vez para toda a comunidade escolar, a bolsa de estudos e auxílio estudantil e a ampliação de oportunidades para a educação profissionalizante.
Depressão e ansiedade presentes em 70% dos jovens paulistas