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Rita Wu, arquiteta, designer e pesquisadora que recentemente se casou pelo metaverso, acha importante as pessoas começarem a entender as novas tecnologias e fazer a ligação entre o físico (ser humano) e virtual. Segundo ela, esse novo mundo fidigital é um novo universo em que […]
Publicado em 27/10/2022
Rita Wu, arquiteta, designer e pesquisadora que recentemente se casou pelo metaverso, acha importante as pessoas começarem a entender as novas tecnologias e fazer a ligação entre o físico (ser humano) e virtual. Segundo ela, esse novo mundo fidigital é um novo universo em que os jovens da geração Z se encontram e, para acompanhá-los, é preciso ter uma mudança de comportamento.
“Como a sala de aula se adaptou às tecnologias? Nós temos basicamente a mesma linha de produção, só que com a tecnologia. Será que isso resolve? Estamos conseguindo fazer alguma mudança significativa dessa forma? A geração Z passa boa parte do dia online, principalmente jogando”, disse Rita Wu, palestrante do painel sobre cultura maker do Innovation Summit 2022, evento realizado pela International School.
Seguindo nesse caminho, durante o evento ela apresentou como a cultura maker, por ser uma forma de imersão nas experiências com um processo mais imaginativo, pode ajudar a solucionar essas barreiras, e apontou 13 fazeres para que a aprendizagem do aluno seja mais engajada e inovadora, são elas: diversão, o fazer consciente, produção e consumo, colaboração, comunidades, abertura, [não ter] medo, [não ter medo do] erro, compartilhamento, prototipação, projetos, diversidade e curiosidade. Sendo a união do físico e o digital o melhor caminho para a inovação.
“Se a escola não mudar, ela vai ficar para trás do mundo ‘fidigital’”, concluiu.
A sociedade vive um momento de aceleração do futuro e a tecnologia é uma mudança constante que a cada dia se torna mais difícil de acompanhar. Quem levantou esse ponto para o debate foi Martha Gabriel, futurista, engenheira e professora de Inteligência Artificial da PUC-SP.
Segundo a futurista, nesse mundo que está sempre passando por mudanças, a “inovação começa com o público, entendendo o que eles precisam”. E sendo algo que agregue valor ao outro e que traga a solução de algum problema, gerando resultado positivo para a instituição.
“Agregar valor é aumentar o prazer, diminuir a dor e economizar energia”, indicou Martha Gabriel.
Mas como criar algo inovador? Para Martha, a criatividade é um caminho e a diversidade é um diferencial nesse processo. Uma dica que apresentou durante sua palestra para a criação e manutenção das ideias é o processo de relaxar a mente, seja através de uma pausa para o café ou um banho relaxante. Esses são os principais momentos do dia a dia que as pessoas normalmente possuem mais ideias, e o exercício para avaliar se elas são boas ou ruins e se podem tornar algo inovador é dormir. Segundo Martha, quando você dorme com essa ideia, no dia seguinte você já consegue descobrir se ela é viável ou não, pois é possível colocar os pensamentos em ordem.
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Leia: “A educação só tem a ganhar com o Movimento Maker”
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Arthur Bender, escritor e especialista em posicionamento de marcas, também participou do evento, ressaltando o conceito de personal branded, do qual foi criador. Para ele, todos possuem uma marca pessoal e o primeiro passo para a descobrir é “sair do banco carona da vida e passar a ser protagonista da própria vida”, apontou.
Para Arthur, ser o protagonista da própria vida é ter um projeto pessoal, autoconhecimento e saber reconhecer suas vulnerabilidades. A partir desse ponto é preciso colocar em prática o conceito de lifelong learning e ir sempre em busca de conhecimento. Com isso, ao buscar se aprimorar, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, deve-se procurar sair da zona de conforto.
“É fora da bolha do seu negócio que está a maioria das respostas de que precisa”, destacou Arthur Bender.
Em especial no caso da educação, ele frisou aos educadores que é preciso conhecer outras áreas de atuação que estão fora do seu radar, citando alguns projetos que surgiram de empresas que não estavam relacionadas com o produto final, como, por exemplo, a Netflix, que não foi criada por uma empresa cinematográfica, ou o Uber, que não foi inventado pela indústria de transporte – ressaltando como é importante sair da caixa.
Arthur ainda deixou como reflexão final o exercício de tentar descobrir qual a palavra que o seu público define, sendo um caminho para entender quem você é, qual a sua marca pessoal e quais os caminhos que você pode seguir para conseguir se desenvolver na carreira e na vida.
“Todos somos marcas pessoais e todos nós nos tornamos uma palavra na mente dos nossos públicos.” E acrescentou: “podemos passar a vida vivendo dessa palavra [caso seja positiva] ou se defendendo dela [caso seja negativa].”
O evento promovido pela International School realizado exclusivamente para os seus associados e parceiros, foi realizado durante os dias 24 e 25, com repetição da grade nos dias 26 e 27, em Campinas, São Paulo.