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A Quarta Revolução Industrial traz a educação 4.0, composta de novas possibilidades para a sala de aula como a culturamaker, que é a cultura do faça você mesmo, sendo porta de entrada para a inovação tecnológica por meio do ensino do pensamento computacional, robótica, IoT […]
Publicado em 16/03/2023
A Quarta Revolução Industrial traz a educação 4.0, composta de novas possibilidades para a sala de aula como a culturamaker, que é a cultura do faça você mesmo, sendo porta de entrada para a inovação tecnológica por meio do ensino do pensamento computacional, robótica, IoT (internet das coisas) e inteligência artificial. Recentemente ocorreu um avanço nesse conceito com a chegada da educação 5.0, o qual trouxe uma nova abordagem à temática para a humanização das tecnologias e o envolvimento da aprendizagem socioemocional junto ao trabalho com os estudantes.
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O ChatGPT foi lançado pela startup OpenIA, no final de 2022 e significa uma inteligência artificial generativa, sendo um robô que conversa por escrito, responde a perguntas variadas e faz aconselhamento pessoal, uma tecnologia baseada em algoritmos e redes neurais artificiais profundas que simulam o comportamento do cérebro, interagindo com os seres humanos.
Desde a sua chegada, o ChatGPT tem gerado preocupação nos educadores porque a ferramenta de inteligência artificial é capaz de dialogar, escrever textos em diferentes estilos e padrões, realizar cálculos simples e complexos, fazer pesquisas, produzir textos com diferentes gêneros textuais e realizar atividades variadas, que usados de maneira incorreta podem atrapalhar o processo de ensino e aprendizagem.
No entanto, é necessário olhar para essa ferramenta sob uma nova ótica, como uma aliada ao processo de ensino e aprendizagem e educar os nossos estudantes para que ela possa contribuir com o cognitivo, por exemplo, com formulações assertivas para resolver questões de diferentes naturezas.
Com essa novidade de inteligência artificial é possível resolver questões de diversos temas, preparar resumos e produzir trabalhos simples a elaborados. O seu diferencial é que o sistema aprendeu a conversar e interagir de forma semelhante ao ser humano e ele não apenas reproduz, mas é capaz de criar coisas novas.
Assim, o ChatGPT pode ser usado como um gerador de ideias e de reflexões para resolver problemas que ao invés de trazer soluções prontas, pode ser usado para encontrar e explicar situações, sugerindo soluções viáveis com reconhecimento de diversos parâmetros e com grau de complexidade.
Outra forma de contribuição do ChatGPT está no papel de mediação, em que a ferramenta permite conexões e auxilia os estudantes a processar informações, contribuindo diretamente na construção de significados. Sem contar as muitas possibilidades frente aos estudantes com deficiência em que o recurso pode fazer o papel de suporte e de assistência personalizada dentro e fora da sala de aula.
Outro olhar para a ferramenta compreende o ensino da educação midiática no currículo. O uso crítico das tecnologias mostra um caminho para que os estudantes aprendam a avaliar a confiabilidade das informações e para que as escolas considerem esse tipo de ferramenta como um apoio no processo cognitivo.
E toda essa novidade não significa que nós, professores, seremos substituídos, mas que ganhamos um auxílio de peso para contribuir com os nossos estudantes no processo de aprendizagem e precisamos compreender os desafios, problemas e potencialidades do ChatGPT para usá-lo adequadamente no contexto educacional, permitindo novos serviços e análise de dados em benefício da educação.
Entre as vantagens, temos a capacidade de pesquisa complexa, ética, criticidade, processo de articulação e reaprender a ensinar, auxílio no planejamento das aulas, sessão de estudos por mediação, entre outros. Por outro lado, temos que lidar com velhos problemas relacionados ao seu uso, distorções da ferramenta e problemas de infraestrutura e conectividade das unidades escolares para que o ChatGPT possa ser acessível a todos.
E dentro desse cenário, a melhor solução é inserir o ChatGPT nas aulas (mesmo porque os nossos estudantes possuem acesso a dispositivos móveis fora da escola) e realizar um trabalho pautado na educação midiática, já que informações disponibilizadas por robôs são carregadas, muitas vezes, de conteúdos tendenciosos, dados imprecisos e informações desatualizadas, em que a educação tem um papel central de promover a reflexão a partir da origem e das informações que circulam na internet.
Mais do que consumidores dos robôs e das tecnologias, os estudantes precisam ser educados criticamente em relação ao uso da inteligência artificial e perceberem a tecnologia como meio e não como um fim restrito ao conhecimento – nesse processo o papel do educador é central para incentivar a reflexão e o consumo midiaticamente. É preciso ofertar experiências midiáticas para que possam atuar com autonomia e protagonismo dentro da sociedade, que está em constantes mudanças.
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