ARTIGO
Com o objetivo de desenvolver as competências do futuro do trabalho e auxiliar os estudantes do ensino médio na escolha por cursos e profissões, os Colégios Católica de Brasília e Curitiba oferecem a disciplina eletiva e o itinerário formativo “Cultura maker: metaverso”, que abrange conhecimentos […]
Publicado em 31/03/2023
Com o objetivo de desenvolver as competências do futuro do trabalho e auxiliar os estudantes do ensino médio na escolha por cursos e profissões, os Colégios Católica de Brasília e Curitiba oferecem a disciplina eletiva e o itinerário formativo “Cultura maker: metaverso”, que abrange conhecimentos multidisciplinares em programação, robótica, realidade virtual, realidade aumentada e realidade mista, blockchain, NFT, gráficos 3D, e outros como biologia, matemática e geografia.
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Na primeira aula da disciplina em Brasília, o professor José João dividiu a turma em grupos e lançou um desafio para cada estudante: os alunos precisavam utilizar os recursos do metaverso para solucionar problemas reais, de mobilidade urbana a tratamento de água e esgoto.
“Havia sempre três ou quatro alunos de cada grupo trabalhando em pesquisa e debatendo, e um no metaverso, assistindo vídeos, acessando a plataforma de ensino com os óculos de realidade virtual. Depois reuniram as informações e reflexões para produzir a apresentação”, conta.
A iniciativa de oferecer o conteúdo no metaverso veio da Agência de Inovação do Grupo UBEC (IDE), que vai expandir em breve o projeto para outras instituições de educação básica do grupo. “Entendemos que precisávamos de um projeto que permitisse a conexão com a realidade dos estudantes, os quais cresceram conectados e imersos no mundo digital e, ao mesmo tempo, não replicasse uma sala de aula dentro do metaverso. Sendo assim, criamos um projeto que mescla momentos de imersão com aulas práticas para o desenvolvimento de metaverso e de uma smart city no metaverso. Desta forma, estamos promovendo o engajamento dos estudantes e desenvolvendo as competências necessárias em relação ao futuro do trabalho”, explica o head de inovação da Agência de Inovação do Grupo UBEC, Maurício Beccker.
A disciplina eletiva, direcionada para o 1º e 2º ano do ensino médio, é dividida em três módulos: aulas de realidade virtual com uso de óculos Quest2 e aplicativo de imersão; Smart Cities com inteligência artificial, robótica educacional e criação de sistema inteligente para o tratamento de água; e, por último, sistema de saúde inteligente, com modelagem em 3D para criação de protótipo que traga soluções ao mundo real. A eletiva é direcionada para o 1º e 2º ano do ensino médio.
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Outra tecnologia que ganhou holofotes em todo o mundo recentemente foi o ChatGPT, ferramenta que utiliza tecnologia de processamento de linguagem natural para conversar com usuários e fornecer respostas úteis às suas perguntas.
O professor José João explica que incentivou os alunos a usarem o ChatGPT no primeiro encontro com a turma e conta como foi a reação dos estudantes.
“Um deles virou pra mim e disse: ‘o senhor está nos ensinando a burlar o sistema?’, e foi quando respondi que não estava mostrando como burlar o sistema, mas sim como usar o sistema pra produzir conhecimento e transformar isso em informações úteis que vão fazer diferença na vida e no dia a dia deles”.
Para a analista de tecnologia educacional da UBEC, Lucimara Barbieri Kucek, “o ChatGTP, assim como outras inteligências artificiais generativas, forçará a ressignificação da educação básica, saindo de um modelo ainda focado na transmissão de conteúdo, em teoria, centralizado no papel docente, para um modelo focado no desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e habilidades de forma prática, centralizado no estudante”.