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Gestores educacionais e a busca constante pela atualização na Bett Brasil

Tem novidade na Bett Brasil 2023. Entre elas um espaço dedicado a apresentar organizações do terceiro setor com programas e projetos voltados à educação pública. Já o Bett Lab será um ambiente de escuta dos gestores e mantenedores sobre os desafios e dores que enfrentam […]

Publicado em 08/05/2023

por Redação revista Educação

Tem novidade na Bett Brasil 2023. Entre elas um espaço dedicado a apresentar organizações do terceiro setor com programas e projetos voltados à educação pública. Já o Bett Lab será um ambiente de escuta dos gestores e mantenedores sobre os desafios e dores que enfrentam no dia a dia, com mentoria especializada. No Fórum de Gestão haverá um painel com o tema #Oqueeufaçonasegundafeira: do plano para a ação! A proposta é colocar as ideias de novas abordagens e estratégias educacionais em prática. Além disso, o ensino superior e o ensino profissional terão uma área exclusiva denominada AHEAD by Bett com auditório e espaço exclusivo no pavilhão.


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Para esta edição, a Bett traz como tema central Educação e trabalho para novos futuros. Vale lembrar que o evento é o maior da América Latina quando se trata de educação e inovação. Segundo Adriana Martinelli, diretora de conteúdo do evento, em um mundo em constante transformação, é essencial estabelecer relação estreita entre educação e trabalho.

“A demanda por profissionais qualificados para ingressar no mercado de trabalho exige competências e habilidades que precisam ser incorporadas nos currículos das escolas e universidades. As 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) indicam esse caminho, valorando a formação de um estudante de forma integral, com competências necessárias para lidar com a vida. Nesse sentido, iniciativas como o novo ensino médio e a curricularização da extensão nas graduações têm o objetivo de oferecer aos estudantes a oportunidade de se aproximarem da prática e conhecerem e aprenderem com a realidade do mundo contemporâneo. Entretanto, é preciso reconhecer que esse processo ainda está em fase inicial e requer mais investimentos e apoio para se consolidar”, pontua.
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Gestores devem praticar a escuta ativa e efetiva de seus estudantes e professores, diz Adriana Martinelli, diretora de conteúdo do evento
Foto: divulgação

A educação profissional tem um campo vasto para ser explorado, entre eles, segundo Adriana, oferecer uma opção real e concreta de projeto de vida para um grande número de jovens. “É urgente valorizar e incentivar a formação técnica e profissional, tornando-a mais acessível e valorizada socialmente.”

Escolas precisam focar o agora

Adriana Martinelli atua há quase 30 anos no setor da educação e no desenvolvimento de estratégias inovadoras para metodologias de ensino com utilização de tecno­logias de comunicação e informação. A dica que ela dá para gestores de escolas e universidades caminharem com consistência aos novos futuros é praticar a escuta ativa e efetiva de seus estudantes e professores. 

“Fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes não dá mais. É preciso adotar uma abordagem que envolva a experimentação na prática, combinada com uma constante análise e ajuste de rota. As ações devem ter intencionalidade e propósito claros, bem como uma cultura de colaboração, compartilhamento, escuta e experimentação. Isso inclui o uso de ferramentas digitais e recursos tecnológicos que possibilitem a personalização da aprendizagem e a criação de experiências educacionais mais significativas. Também é necessário investir na formação dos educadores para que possam utilizar essas tecnologias de forma efetiva e integrada ao currículo.”

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Para exemplificar, ela cita uma frase do poeta do século 19 Antonio Machado: “Caminante, no hay camino, se hace camino al andar (Caminhante, não há caminho, você faz o caminho enquanto caminha, na tradução]”. “Ele nos lembra que, ao caminhar e construir o caminho, estamos constantemente criando e moldando nosso próprio futuro”, reflete Adriana.

A diretora observa, como ponto comum das instituições de ensino básico e superior que têm realizado mudanças bem-sucedidas, o fato de os gestores reconhecerem a importância do trabalho docente, por exemplo, ao envolverem os professores nos processos de tomada de decisão.

Palestrantes na Bett

São muitos os painéis e palestrantes que compõem os quatro dias de evento. Entre os destaques está o painel sobre educação climática, que terá a presença de Amanda Costa, ativista climática e jovem embaixadora da ONU. Em tempos do ChatGPT, a importância da tecno­logia na educação não poderia estar de fora do evento, tanto é que serão vários painéis sobre esse assunto com grandes especialistas como Dora Kaufmann, Lucia Santaella, Martha Gabriel, Ivan Seidel, Idelfranio Moreira, Francisco Tupy e Alexandre Sayad.

O público terá também a oportunidade de refletir sobre o novo ensino médio por meio da participação de Maria Helena Guimarães de Castro, Maria Inês Fini, Kátia Smole e Mozart Neves Ramos

A Bett Brasil acontece de 9 a 12 de maio, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.

Um giro no setor

As influenciadoras Taís Bento e Roberta Bento, do SOS Educação, são especialistas na relação família e escola. As duas apontam que, antes da pandemia, as diferenças entre os eventos brasileiros para os estrangeiros eram mais claras, contudo, as particularidades permanecem.

“Nos dois eventos internacionais mais recentes de que participamos, os workshops e palestras trouxeram temas que abordam exatamente os desafios que o Brasil está enfrentando: saúde mental dos profissionais da educação, desafios da educação inclusiva, rotatividade e necessidade da formação continuada dos professores, os impactos da inteligência artificial na educação e o grande dilema sobre o tempo de tela das crianças e adolescentes”, detalham.

A exaustão física e a saúde mental abalada são os assuntos que as duas mais escutam de professores e gestores. As escolas buscam caminhos de aproximação com as famílias dos estudantes. “Também recebemos pedidos de ajuda em relação ao baixo envolvimento dos alunos com os estudos, a dificuldade no foco e concentração e a defasagem de habilidades como relacionamento social e autonomia dos estudantes de todas as idades.”

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Taís Bento e Roberta Bento participam dos principais eventos educacionais do país e mundo. Foto durante a Bett Brasil do ano passado/ arquivo pessoal

Já as famílias, contam, estão desesperadas com a intensidade do uso das telas por parte dos filhos. “Isso tem gerado reclamação e briga na hora de fazer a lição da escola. E, ao longo do ano, infelizmente, tanto por parte da escola, como vindo das famílias, são enormes desafios relacionados à inclusão, como a falta de profissionais especializados, a dificuldade para a inclusão de fato acontecer. Os atritos entre a família e a escola ainda são desafios que temos a vencer e a única saída possível é a parceria entre a família e a escola”, concluem.



Nós, da *Educação, estamos fazendo uma cobertura especial da Bett Brasil. Clique aqui para ficar por dentro de tudo. Nossa cobertura jornalística tem o apoio das seguintes empresas: Epson, FTD Educação, Santillana Educação, Skies Learning by Red Balloon e Somos Educação.



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Autor

Redação revista Educação


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