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O bullying não é um tema novo nas escolas, mas continua sendo um assunto que deve estar sempre em debate. Com o aumento do uso das redes sociais, ele ganhou um novo formato, o cyberbullying. No painel Cyber(bullying): quando a responsabilidade da escola ultrapassa seus […]
Publicado em 09/05/2023
O bullying não é um tema novo nas escolas, mas continua sendo um assunto que deve estar sempre em debate. Com o aumento do uso das redes sociais, ele ganhou um novo formato, o cyberbullying. No painel Cyber(bullying): quando a responsabilidade da escola ultrapassa seus domínios físicos, que aconteceu hoje, 9, na Bett Brasil 2023*, em SP, Alessandra Borelli, advogada e CEO da Opice Blum Academy, e Iberê Dias, juiz de direito tribunal de justiça de São Paulo, sob mediação de Marcelo Daniel, editor e jornalista parceiro da revista Educação, discorreram sobre as maneiras que as escolas podem lidar com o tema e combatê-lo.
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Alessandra Borelli citou ações que devem estar presentes tanto na sociedade quanto nas escolas na busca de soluções como: criar protocolos de monitoramento e de gestão de crise, criar um comitê ou selecionar um responsável para lidar com esse tipo de situação nas escolas, não ignorar o sofrimento da vítima e não expor os envolvidos. Ela também destacou a presença do tema em sala.
“Nem sempre a violência acontece de fora para dentro, às vezes são ex-alunos que acabam retomando a escola por conta de um trauma, e nem sempre a pessoa que sofre revela dessa forma violenta, agressiva. Mas é um fenômeno que temos que considerar”, apontou Alessandra.
Não generalizando, Iberê Dias, por outro lado, destacou que todos fazem parte do processo de desenvolvimento da criança. No caso, a escola não é 100% responsável em lidar com a formação humana do aluno, mas não pode ignorar o fato e jogar a responsabilidade somente para as famílias. Outro fator que destacou é como as escolas devem estar atentas ao ator do ato, a criança que está praticando o bullying.
“Essa criança tem os mesmos direitos à saúde e à educação que a criança que está sofrendo [o bullying]. É essencial que a gente olhe para as crianças, ou seja, os praticantes de bullying, com o mesmo olhar de necessidade de um tratamento, de um cuidado, de respaldo de acolhimento [que oferecemos] às crianças que têm sofrido. Fazendo isso tenho certeza que vamos pelo menos começar a caminhar de forma muito mais positiva para resolver essa questão, que é gravíssima”, orientou Iberê Dias.
A criança que sofre esse ato, que pode ser considerado ato de violência, acaba perdendo várias habilidades, inclusive, vidas às vezes são perdidas nessas situações.
A principal reflexão deixada por Iberê Dias e a Alessandra Borelli é que as escolas devem estar sempre colocando em pauta essas questões, tentando trabalhar o tema com os alunos em sala de aula, mostrando as causas que essas ações podem provocar e de uma certa forma tentando impedir que ela aconteça.
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