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O estudo da neurociência contribui com métodos e práticas que podem ajudar os educadores a desenvolverem a autonomia do aluno. A compreensão do funcionamento do cérebro é um exemplo, já que pode auxiliar o professor na criação de novas metodologias e práticas que sejam funcionais […]
Publicado em 09/05/2023
O estudo da neurociência contribui com métodos e práticas que podem ajudar os educadores a desenvolverem a autonomia do aluno. A compreensão do funcionamento do cérebro é um exemplo, já que pode auxiliar o professor na criação de novas metodologias e práticas que sejam funcionais aos estudantes.
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Esse assunto foi tema hoje, 9, na Bett Brasil 2023*, que ocorre entre os dias 9 e 12 de maio, em SP. O painel Contribuições das neurociências e do desenvolvimento para autonomia estudantil contou com a participação das educadoras do Instituto Singularidades Adriessa Santos, coordenadora pedagógica de pós-graduação em neurociência na escola e Elizabeth Sanada, docente e coordenadora de pós-graduação, sob mediação de Bárbara Born, diretora de pós-graduação, extensão e pesquisa.
A primeira etapa para a compreensão da aprendizagem é que todo o cérebro aprende. Cada um com sua singularidade, mas todos seguindo uma base em comum: o estímulo. Segundo Adriessa Santos, quando temos contato com o estímulo, o cérebro cria sinapses que ao longo do tempo são enfraquecidas. Para o aluno conseguir armazenar as informações é preciso revisitar e praticar as experiências desse estímulo utilizando estratégias diferentes.
“Oferecer recursos e estratégias diferentes para os alunos é a nossa função enquanto professor. A aula dada não é aula aprendida, é preciso revisar esses estímulos [responsáveis pela aprendizagem]”, apontou Adriessa.
Segundo Elizabeth Sanada, para construir uma estratégia é preciso seguir três etapas: pensar no conteúdo, na forma como ele vai ser apresentado e nas experiências que podem ser promovidas para vivenciar o conteúdo. “O aluno precisa trabalhar esse conteúdo de alguma maneira; essa experiência precisa ser significativa, ou seja, precisa fazer conexão com a vida desse estudante; ele precisa processar essas informações que estão sendo ali trabalhadas com ele; e ele necessita, de alguma maneira, externalizar isso que foi aprendido”.
Segundo o diálogo que as duas coordenadoras tiveram durante o painel, o fator principal nesta questão é o fortalecimento da aprendizagem por meio de estratégias que revivam experiências. Não é repetição, mas exercícios diferenciados que fortaleçam a aprendizagem, que se difere da capacidade do aluno armazenar conteúdo na memória.
“A sinapse fortalecida, que mais tarde vai ser consolidada, é a base da memória. Memória e aprendizagem não são sinônimas, mas são conceitos muito interligados. Na memória tenho, de fato, o armazenamento dessas informações e consigo evocar isso. Já a aprendizagem é o que faço com essa informação que está agora armazenada”, concluiu Andriessa.
*A Bett Brasil é o maior evento de educação e tecnologia na América Latina. Acontece de 9 a 12 de maio, no Transamerica Expo Center, São Paulo. E nós, da Educação, estamos fazendo uma cobertura especial. Clique aqui para ficar por dentro de tudo.
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