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O ensino médio representa um dos grandes desafios da educação brasileira, de todos os pontos de vista — do acesso e permanência, da aprendizagem e do combate às desigualdades sociais e raciais. Tanto que defensores e críticos da reforma do ensino médio concordam que o […]
Publicado em 04/09/2023
O ensino médio representa um dos grandes desafios da educação brasileira, de todos os pontos de vista — do acesso e permanência, da aprendizagem e do combate às desigualdades sociais e raciais. Tanto que defensores e críticos da reforma do ensino médio concordam que o currículo e a estratégia precisam mudar.
A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), cuja vigência termina ano que vem, era “universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%”.
Segundo o último Censo Escolar, 95% dos jovens de 15 a 17 anos estão na escola ou já concluíram o ensino médio, enquanto a taxa líquida de matrículas é de 76,7%.
Ao final da última etapa da educação básica, em 2021, 28,7% dos alunos em escolas da rede pública apresentaram aprendizagem adequada em língua portuguesa, e apenas 3,7%, em matemática.
Em 2022, no 1º ano do ensino médio, 24,2% dos estudantes estavam dois ou mais anos defasados em relação à idade esperada para o seu ano. Isso vale também para 21,3% dos alunos do 2º ano e para 20,4% dos alunos do 3º ano.
Em 2022, enquanto 82,1% dos jovens brancos de 15 a 17 estavam na escola, apenas 72,3% dos pretos e 73,5% dos pardos estavam na mesma condição.
75,3% dos jovens brancos, 61,4% dos jovens pretos e 62,4% dos jovens pardos, terminaram o ensino médio aos 19 anos, em 2022. Os indicadores de pretos e pardos de hoje se assemelham aos dos brancos de 10 anos atrás.
*Fontes: Censo Escolar 2022, Qedu e movimento Todos pela Educação
Os dados foram divulgados na matéria de capa da edição 296 da revista Educação. Clique aqui para ler.