O modelo do Enem não sofrerá alterações pelo menos até o final do ano que vem. “Não vamos mudar o Enem nem esse ano e nem em 2024. Vamos deixar essa discussão para o PNE [Plano Nacional de Educação], que será feito ano que vem”, […]
O modelo do Enem não sofrerá alterações pelo menos até o final do ano que vem. “Não vamos mudar o Enem nem esse ano e nem em 2024. Vamos deixar essa discussão para o PNE [Plano Nacional de Educação], que será feito ano que vem”, afirmou o ministro da Educação Camilo Santana, na manhã desta terça, 19, em SP, durante um evento voltado a jornalistas e organizado pela Jeduca.
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O questionamento ocorre por conta do novo ensino médio, que já começou a ser implantado nas escolas brasileiras, mas com o governo Lula está parado por discordância entre diferentes setores.Houve consulta pública para ouvir estudantes, professores, entidades do setor de educação e especialistas. Segundo Camilo, essa consulta pública foi orientação do presidente Lula.
“A ideia era reunir questionamentos e melhorias para o ensino médio. Até porque há alguma coisa errada no ensino médio, período de maior evasão escolar, muitas vezes pela necessidade de o jovem ter que trabalhar; o desejo do presidente é garantir a permanência”, completou o ministro da Educação.
Já o Plano Nacional de Educação, mencionado por Camilo, aponta metas e estratégias para a política educacional no período de 2014 a 2024, servindo como um documento orientador. Ano que vem, um novo PNE necessitará de novas metas.
O documento com os resultados da consulta pública do novo ensino médio já está fechado, contudo falta o Congresso Nacional aprovar, uma vez que o Ministério da Educação (MEC) não executa políticas.
Camilo também anunciou que o MEC enviará um projeto de lei para garantir bolsa poupança para o jovem do ensino médio se manter na educação básica e concluí-la. Valores ainda serão definidos.
“Queremos escola mais atrativa, acolhedora para não perder nenhum aluno. Bolsa poupança será esse estímulo para a permanência de jovens”, disse o ministro.
Outro ponto ressaltado é que “80% dos jovens que participaram da consulta pública querem ensino profissionalizante”, revelou. “Queremos estimular o ensino médio integral e profissionalizante.”
Sobre ensino técnico, entre os dados que chocam e revelados pela OCDE em setembro deste ano (estudos anteriores já constatavam esse cenário), é que o Brasil possui apenas 11% de seus estudantes cursando ensino técnico, bem abaixo da média dos 44% dos países do grupo.
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