NOTÍCIA
É com muita alegria que o Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSP) passa a ocupar um espaço mensal no site da revista Educação, estreitando os laços de uma antiga parceria. Não por acaso, nossa estreia acontece em outubro, quando se comemora o Dia das […]
Publicado em 09/10/2023
É com muita alegria que o Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSP) passa a ocupar um espaço mensal no site da revista Educação, estreitando os laços de uma antiga parceria. Não por acaso, nossa estreia acontece em outubro, quando se comemora o Dia das Professoras e dos Professores. Queremos celebrar com entusiasmo a data e abraçar fraternamente todas e todos que fazem parte dessa categoria que temos orgulho imenso de representar — e que diariamente ajudam a escrever, como protagonistas, a história do país.
Sabemos que ser professora e professor, nos dias atuais, significa enfrentar o complexo e desafiador universo das contradições.
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É fato que está em curso, não de hoje, um processo de precarização da profissão, que coloca as e os docentes diante de classes cada vez mais cheias, rotinas exaustivas, salários rebaixados, pressões e cobranças das mais diferentes naturezas, tecnologias e inteligências artificiais que desafiam princípios éticos e pretendem eliminar nossa presença em sala de aula, além de tentativas de silenciamentos que tentam definir o que pode ou não ser ensinado.
Ao mesmo tempo, resistimos e enfrentamos todos esses dilemas fazendo valer o que nos ensinou Paulo Freire: “A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem (…) Porque os oprimidos podem conceber um futuro completamente diferente de seu presente, na medida em que alcançam a consciência da classe dominada”.
A diretoria do SinproSP tem consciência dessas contradições. Olhando para essa realidade complexa e em diálogo permanente com a categoria, atua para construir coletivamente os caminhos de transformação estrutural da sociedade brasileira. É fundamental, nesse processo, organizar, mobilizar e defender as e os docentes, para garantir valorização profissional e condições dignas de trabalho e avanço nos direitos.
É preciso, ainda, fazer das salas de aulas espaços de troca pautados pelos princípios dos direitos humanos, a consolidar o exercício da reflexão, do espírito crítico, da liberdade de cátedra, para efetivamente garantir, para todas e todos, educação de qualidade e emancipadora, antirracista e que também não aceita o machismo, a misoginia e a homofobia. É tempo de combater os discursos de ódio e defender e aperfeiçoar nossa democracia.
Como já cantou com muito entusiasmo e beleza na avenida um samba-enredo de um Carnaval marcado por mensagens de resistência: é nas lutas que a gente se encontra. E se fortalece. Um feliz 15 de outubro para todas as professoras e todos os professores.
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