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A preocupação com a sociedade e a paixão por ensinar são fatores fundamentais que motivam os professores brasileiros a atuar na área, aponta estudo Educo Barômetro, realizado pela Fundação SM. Entre os resultados, 27% dos participantes revelam gosto frequente pela docência e 25% buscam com […]
Publicado em 31/10/2023
A preocupação com a sociedade e a paixão por ensinar são fatores fundamentais que motivam os professores brasileiros a atuar na área, aponta estudo Educo Barômetro, realizado pela Fundação SM. Entre os resultados, 27% dos participantes revelam gosto frequente pela docência e 25% buscam com a profissão a melhoria da sociedade.
Contudo, três a cada quatro docentes brasileiros afirmaram ter manifestado traços de esgotamento físico e mental. A metade apresentou sintomas compatíveis com ansiedade e depressão, sendo que 42% demonstraram falta de entusiasmo ou perda de interesse pelo que fazem.
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A pesquisa foi realizada este ano, entre 24 de abril e 17 de maio, e ouviu professores de mais três países: Espanha, Chile e México. No Brasil, foram realizadas 600 entrevistas presenciais com docentes da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio das cinco regiões do país.
A docência é uma das profissões brasileiras mais propensas a apresentar a síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional. “É de se esperar que as pessoas que trabalham nas chamadas ‘profissões assistenciais’ ou em serviços públicos, como a docência, sejam mais afetadas por essa síndrome, já que estão sujeitas a um alto nível de esgotamento profissional”, comenta Érica de Carvalho, diretora da Fundação SM no Brasil.
Dentre os motivos que geraram esse estresse, os professores brasileiros destacaram: barreiras para o desenvolvimento profissional (insatisfação com o salário) e dificuldades na tarefa docente (manter a disciplina em sala de aula). Também foram mencionados o volume de trabalho administrativo, tempo escasso para preparação de aulas e a percepção de serem considerados como responsáveis pela aprendizagem dos estudantes.
Os resultados obtidos no estudo sugerem que o corpo docente continua fortemente identificado com as dimensões mais vocacionais da profissão — tal como mostrou a etapa da pesquisa realizada em 2007. O ideal como gerador de mudanças sociais permanece. Esta última característica, aliás, apresenta-se como traço diferencial dos docentes brasileiros, em comparação com os professores espanhóis e chilenos.
Entre os entrevistados, 61% consideraram que os profissionais da docência são reconhecidos pelo bom desempenho em sua escola. No entanto, 67% não se sentem satisfeitos com suas condições de trabalho.
Um dos aspectos positivos manifestados é o fato de que 64% dos professores considerarem que a formação acadêmica recebida os preparou para a docência. A maioria (65%), porém, considera que sua escola não se adapta às novas tendências da educação. Mesmo assim, cerca de 70% têm liberdade para usar materiais complementares próprios.
Clique aqui para acessar o estudo completo.