NOTÍCIA
Na versão sueca de Deixa ela entrar, a violência está presente, mas não é gratuita Abordagem original para o Bullying Inúmeros filmes já se empenharam em recriar as características psicológicas muito peculiares do universo infantojuvenil. Ao fazer isso, enfrentaram dificuldades naturais para construir personagens que […]
Publicado em 04/03/2013
Na versão sueca de Deixa ela entrar, a violência está presente, mas não é gratuita |
Abordagem original para o Bullying
Inúmeros filmes já se empenharam em recriar as características psicológicas muito peculiares do universo infantojuvenil. Ao fazer isso, enfrentaram dificuldades naturais para construir personagens que pareçam verdadeiros ao espectador, bem como para encontrar atores jovens que fossem capazes de interpretar esses personagens de acordo com as complexidades do roteiro. Alguns desses filmes se ocuparam, como assunto principal ou secundário, da presença do bullying nas relações entre pré-adolescentes.
Nenhum deles, contudo, foi capaz de uma abordagem tão original de meninos, de meninas e dos tormentos do bullying escolar quanto a de Deixa ela entrar (Suécia, 2008, 109 min). Pena que muitos pais e educadores tenham deixado de conhecê-lo por preconceito cinematográfico, ao descobrir que é um filme de terror e julgar que se trata de um gênero “menor”. Embora seja um drama com muito sangue, esse elemento está plenamente justificado pela trama. Não há gratuidade ou espetacularização da violência. Mas atenção: não confunda com a versão norte-americana do mesmo romance, Deixe-me entrar (2010).
#R#
O diretor Tomas Alfredson e o roteirista John Ajvide Lindqvist (que adaptou o romance homônimo de sua autoria, já publicado no Brasil) investem no lirismo das situações – sempre debaixo de muito frio, com neve fotogênica – e no tratamento poético da solidão ao contar a história de amor e amizade entre um frágil menino de 12 anos, aterrorizado por colegas de escola, e uma nova vizinha da mesma idade, um tanto misteriosa. A relação entre os dois pode lembrar inicialmente a de outros filmes, mas se revela, com o andamento da trama, muito original. E verdadeira, mesmo com os ingredientes de fantasia.
Meu pé de laranja lima no cinema | |
A nova versão para o cinema do romance Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos, tem lançamento nacional programado para março. A história de Zezé, 6 anos, já havia sido adaptada em 1970. “Muitas pessoas me disseram que o livro era uma coisa velha”, lamenta a produtora Katia Machado. “É um clássico da literatura infantojuvenil, atemporal. Não ser aceito é um problema universal, assim como a necessidade de superação do personagem.” Quando conheceu o livro? Teve dificuldades para viabilizar o filme? Qual foi a solução? |
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360
Personagens de diversos países são ligados por uma cadeia de relações inspirada em peça do austríaco Arthur Schnitzler.
(Ingl./Áustria/França/Brasil, 2011, 110 min)
COSMÓPOLIS
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(Canadá/França/Portugal/Itália, 2012, 109 min)
TROPICÁLIA
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tropicalista, nos anos 1960.
(Brasil/Inglaterra/EUA, 2012, 100 min)
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A diretora Lucia Murat usa uma história de família para falar do Brasil sob a ditadura militar, nos anos 1970.
(Brasil, 2011, 95 min)
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Recriação da trajetória da líder humanitária birmanesa Aung San Suu Kyi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 1991.
(França/Inglaterra, 2011, 132 min)