NOTÍCIA
Rebeldia consumista na era das celebridades Bling ring faz uma leitura perturbadora do atual comportamento jovem Entre 2008 e 2009, mansões de celebridades na região metropolitana de Los Angeles foram invadidas por ladrões. Roupas, joias e objetos pessoais diversos, como tapetes e quadros, desapareceram. A […]
Publicado em 06/11/2013
Rebeldia consumista na era das celebridades
Bling ring faz uma leitura perturbadora do atual comportamento jovem |
Entre 2008 e 2009, mansões de celebridades na região metropolitana de Los Angeles foram invadidas por ladrões. Roupas, joias e objetos pessoais diversos, como tapetes e quadros, desapareceram. A partir de uma denúncia, a polícia chegou à quadrilha, formada por jovens de classe média alta que escolhiam as vítimas porque as admiravam pelo “estilo de vida” e as acompanhavam pelas redes sociais da internet. Sabiam, inclusive, quando essas celebridades não estavam em casa.
#R#
Atraída por essa história incrível ao ler uma reportagem da revista Vanity Fair publicada em 2010, a diretora e roteirista Sofia Coppola decidiu recriar o episódio, com algumas liberdades dramáticas, em Bling ring – A gangue de Hollywood (EUA, 2013, 90 min). Junto com o filme, agora disponível em DVD, foi lançado também no Brasil o livro de mesmo título que a autora daquela reportagem, Nancy Jo Sales, escreveu para tratar em detalhe dos principais personagens. As duas obras possibilitam compreender melhor algumas das características-chave da era das celebridades e suas conexões com a internet.
Parte dos jovens que formaram a gangue se conheceu na escola, onde as aulas eram oportunidade para desfiles de roupas e de aparelhos eletrônicos. Quanto mais “antenado” com as tendências e grifes, maior era o prestígio do aluno. Da aluna, na verdade: embora o líder fosse um rapaz, a quadrilha era formada majoritariamente por moças. Educadores que mantêm contato diário com adolescentes sabem muito bem como a sociedade de consumo age sobre eles. Bling ring faz uma leitura perturbadora do atual comportamento jovem, impactado pela circulação de informações na internet, por uma cultura do narcisismo e por um difuso sentimento de rebeldia – também ele, paradoxalmente, um tanto consumista.
Brincar de fazer cinema |
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Prestes a completar 10 anos, o Núcleo de Produção Audiovisual do Centro Cultural Araçá vem contribuindo para o registro da história e de manifestações culturais da região de São Mateus (ES), onde se localiza. Cerca de 200 jovens já passaram pela experiência de aprender a se expressar por meio do audiovisual e a dirigir um olhar crítico para a realidade que os cerca. A coordenadora do Núcleo, Angela Toshimi Noma, lembra que o projeto é importante também porque estimula a formação de adolescentes e jovens em “situação de vulnerabilidade social”, que “precisam trabalhar e não encontram muitas vagas na região”. Quando começou a sua atuação no Centro Cultural Araçá? Quais objetivos levaram à criação do Núcleo de Produção Audiovisual? Como avalia a trajetória do Núcleo? Quantos jovens já passaram pelo Núcleo? Quais os próximos passos? |