Imagens da instalação de Tarsila do Amaral no Museu de Arte Moderna, Nova York (Crédito: © 2018 The Museum of Modern Art. Photo: Robert Gerhardt)
No time dos sonhos das artes visuais brasileiras, a paulista Tarsila do Amaral (1886-1973) seria uma jogadora de criação, bailando, esfuziante, pelo meio-campo. A também paulista Anita Malfatti (1889-1964) e a mineira Maria Martins (1894-1973) poderiam fazer companhia a elas em uma equipe cujo coração seria feminino.
As três ganharam reconhecimento internacional ainda em vida. Mas a bola da vez no exterior é a obra de Tarsila, em cartaz até junho, no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), com a exposição
Tarsila do Amaral: inventando a arte moderna no Brasil.
No universo das artes, trata-se de uma deferência extraordinária. É altamente provável que as obras reunidas ali – como
A negra (1923),
Abaporu (1928) e
Antropofagia (1929) – viajem o mundo, nos próximos anos, na esteira da certificação de qualidade sinalizada pelo MoMA.
Os curadores da exposição, Luis Pérez-Oramas e Stephanie D’Alessandro, assinam também o livro-catálogo, publicado pela editora da Universidade Yale e pelo Instituto de Arte de Chicago (no qual Stephanie trabalha), e que se refere a Tarsila como “uma figura central na gênese da arte moderna no Brasil”.
O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 se aproxima, e com ele a revisão do que Tarsila, Oswald de Andrade e Mário de Andrade, entre outros protagonistas daquele evento crucial, representaram para a arte brasileira do século 20. Não foi pouco. Até o MoMA de Nova York sabe.
Mais informações:
https://www.moma.org