NOTÍCIA
Publicado em 16/04/2019
Homenagens pelos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 já se iniciaram. Destaque para duas exposições
Não se sabe como as celebrações pelo centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 serão recebidas no país, em virtude da onda obscurantista que se esforça em pautar de modo ultraconservador a agenda da educação e da cultura. Mas o que se pode garantir é que elas, as celebrações e reflexões em torno das ideias que fincaram pé no Brasil a partir do evento que se tornaria conhecido como “a semana”, já começam a pipocar no horizonte, como demonstram duas exposições que estão em cartaz este mês no Museu de Arte de São Paulo (MASP).
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Uma das grandes personagens do modernismo brasileiro que foi saudado pela Semana de 1922 – ainda que não tenha participado dela, porque se encontrava em Paris – é homenageada pela exposição Tarsila popular, que permanecerá em cartaz até 28 de julho.
Os curadores Adriano Pedrosa e Fernando Oliva selecionaram cerca de 120 obras da paulista Tarsila do Amaral (1886-1973). No lugar de inserir a artista na tradição modernista europeia, elas destacam o modo como aspectos sociais, políticos, raciais e de classe da sociedade brasileira foram cruciais em seu desenvolvimento artístico, muito próximo da arte popular.
Em Lina Bo Bardi: habitat, também em cartaz até 28 de julho, a homenageada é a autora do projeto arquitetônico do próprio MASP, com seu célebre e ousado vão livre que, nos últimos anos, transformou-se também em ponto de convergência de manifestações políticas.
Italiana radicada no Brasil, Lina (1914-1992) foi exemplar na adaptação do modernismo europeu à realidade latino-americana. Sua obra, que representou uma contribuição admirável ao design e à arquitetura brasileiros, será organizada em torno de três eixos curatoriais: O habitat de Lina, Repensando o museu e Da casa de vidro à cabana.
Material sobre as exposições: https://masp.org.br.