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B2C é o mais comum — dentre os sete. Conheça esse cenário das startups e empresas digitais no e-commerce
Publicado em 28/05/2020
B2B, B2C, B2E, B2G, B2B2C, C2C, Marketplace. Startups de todos os setores, incluindo as de educação, funcionam em modelo de transações comerciais online, estabelecidas em portais de relacionamento e venda de produtos e serviços na internet. Elas representam uma nova etapa do e-commerce, termo em inglês adotado no mundo para identificar comércio eletrônico.
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A sopa de letrinhas descrita acima engloba as siglas dos diferentes modelos de e-commerce adotados no mundo dos negócios digitais, incluindo as startups. Muitas pessoas ainda ficam perdidas ao ouvirem que determinado site, startup, portal ou plataforma de negócios digitais segue o modelo B2B, B2C, C2C ou B2G. Sendo assim, Educação explica o que é e como funciona cada uma dessas siglas, siglas criadas para identificar cada modelo de negócio.
É a modalidade mais comum de startup ou empresa digital, a de venda de produtos ou serviços do empreendedor diretamente para o consumidor final, de uma ponta para outra, do negociante ao consumidor, como diz o termo em inglês. A ponta de venda pode ser ocupada também por um fabricante ou distribuidor final, quando ele se posiciona no negócio como a extremidade de venda e o produto ou serviço é enviado diretamente ao cliente. Os intermediários, tão comuns no mundo pré-internet, podem ser abolidos nesse modelo de um extremo ao outro. Uma startup de educação que crie cursos e os vende diretamente aos estudantes e consumidores segue este modelo.
Esse modelo, o de Negócios para Negócios, envolve vendas entre duas corporações ou empresas. Está no lado oposto do B2C, que, como visto, liga uma empresa ao consumidor final. Na maior parte dos casos, engloba negociações para reposição de estoque, revenda ou composição e transformação de produtos em linhas de montagem e produção. Os casos de vendas corporativas, para revenda ou para Manutenção, Reparo e Operações (MRO), também são incluídos nessa categoria. Isso porque preços finais, aumentos, políticas de desconto da quase totalidade das empresas são fortemente afetados pelos resultados desses procedimentos, o que inclui até mesmo a influência dos pagamentos e isenções de impostos no preço final do produto ou serviço. Aliás, uma startup de educação que venda material que será repassado e cobrado dos alunos nas escolas está nesta categoria.
Este grupo de e-commerce, dos Negociantes para Empregados, envolve empresas e startups em que o criador repassa o produto ou serviço a um empregado, funcionário ou colaborador da empresa, que o negociará com sua margem de lucro. Nos negócios analógicos e também agora nos digitais, a ligação mais próxima entre as partes, gerada pelo compromisso entre gerador e revendedor, permite facilidades como descontos maiores e prazos de pagamento mais elásticos para a ponta revendedora.
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É quando a empresa, startup ou negócio digital vende seus produtos ou serviços para governos, sejam eles o federal, os estaduais, os municipais e até mesmo de outros países. Em função do envolvimento de dinheiro público, é um empreendimento com processo de venda altamente regulamentado por leis de conduta e editais de licitação. Empresas de cursos online contratadas para formar alunos de escolas públicas são exemplos típicos de startups incluídas nessa categoria.
É o modelo de Negociante para Negociante para o Consumidor. Abriga situações em que uma empresa digital ou analógica faz a intermediação, e recebe sua parte, utilizando parte ou todos os sistemas e estruturas do produtor ou gerador de serviço para fazer a venda. O faturamento junto ao cliente final normalmente é feito pelo produtor inicial, o que quase sempre facilita a vida do agente intermediário, que muitas vezes diminui drasticamente suas estruturas de estoque e logística e praticamente não sofre com os riscos de créditos não honrados pelo consumidor final. Um representante terceirizado de uma editora de livros ou empresa produtora de conteúdo didático poderia ser deste grupo em educação, por exemplo.
Fazem parte desta categoria as startups e empresas digitais que promovem a intermediação entre a parte vendedora e a compradora. Na maioria dos casos estão nas duas pontas pessoas físicas, e não empresas. O exemplo mais clássico de integrantes do grupo são as empresas digitais que abrem espaço para que o cidadão comum anuncie e venda seu carro, casa ou qualquer outro objeto perdido. Ou ofereça sua força de trabalho para projetos pontuais ou contratações. Em resumo, o conhecido Mercado Livre faz C2C, conectando vendedores e compradores pessoas físicas, e também a aproximação entre empresas e consumidores, funcionando também como Marketplace (leia definição abaixo). Uma empresa que promove a venda de livros entre pessoas físicas, por exemplo, estaria nesse grupo.
É um dos modelos que mais cresceram nos últimos anos, de maneira geral, entre startups e grupos digitais com braço ou estrutura total na internet. São empresas que usam sua estrutura e cadastro de clientes finais para avalizar, em seus espaços, produtos e serviços oferecidos por outros empreendedores. Os exemplos são numerosos: Lojas Americanas, Walmart, Shoptime, B2W, entre milhares de startups e empresas digitais em todo o mundo, funcionam por marketplace, anunciando e vendendo produtos de produtores e fornecedores parceiros. Como neste caso se trata de um aval de confiança para produtos e serviços criados e fabricados por outras empresas, o consumidor precisa ficar atento para o grupo com o qual está de fato negociando.
Fontes de consulta: Mauricio Di Bonifacio/fastchannel.com
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