Com o tema voltado ao custo da produção de vacina contra a covid, o Brasil, que concorreu com 29 delegações, também recebeu individualmente três medalhas de ouro e duas de prata
Publicado em 24/09/2020
Pelo segundo ano consecutivo, a delegação brasileira foi campeã geral na Olimpíada Internacional de Economia. Entre 29 delegações, a equipe do Brasil conquistou ao todo cinco medalhas: três de ouro e duas de prata. A competição aconteceu de forma online entre 7 e 13 de setembro. Este ano o desafio foi produzir um estudo de viabilidade econômica para a produção de vacinas.
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Treinados e selecionados pela Obecon – Olímpiada Brasileira de Economia, com apoio do Instituto Vertere, os estudantes que receberam as medalhas de ouro foram os paulistas Luiz Eduardo Tojal, 19, e Guilhermo Cutrim, 18; além de Ícaro Andrade, 19, de Fortaleza, CE. Já os medalhistas de prata foram os participantes Ishan Matheus de Campos, 17, de São José dos Campos, SP e Diogo Mendonça, 17, de Pato de Minas, MG.
Sediada no Cazaquistão, mas com as etapas realizadas totalmente online por conta da pandemia da covid-19, a IEO – International Economics Olympiad é uma competição de economia realizada anualmente para alunos do ensino médio e tem como objetivo estimular as atividades dos alunos interessados em economia e negócios. A competição acontece desde 2018 internacionalmente.
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Para premiar os campeões, os participantes precisam passar por três provas em que vão colecionando pontuações. A primeira é a prova de economia, que pode conter problemas de múltipla escolha ou problemas dissertativos; a segunda é de educação financeira, que também segue da mesma forma, mas pode também incluir tarefas de cálculo; e por fim, a terceira fase e mais difícil é a prova de negócios, ou o business case, que trata-se de etapa em grupo com escrita, eletrônica ou apresentação oral dos resultados.
Em 2020, a terceira etapa foi o desenvolvimento de estudos com base em indicadores financeiros para desenvolvimento de vacina contra o coronavírus. “Dessa vez a prova foi mais real e desafiadora do que os anos anteriores, os alunos tinham que indicar estudos completos sobre quanto um governo gastaria para a produção dessa vacina que o mundo inteiro está esperando”, comenta um dos chefes da delegação brasileira, Gabriel Zimmerman.
Cada equipe representante na IEO tem, ao máximo, cinco participantes e dois líderes e, no Brasil, sua seletiva é feita a partir da Obecon. Para as seletivas da delegação são aplicadas praticamente as mesmas etapas para testar apenas o conhecimento teórico do participante, mas sim, em sua maioria, as habilidades analíticas do competidor. “Preparamos os alunos desde os primeiros estímulos, acredito que nossos participantes vão tão bem”, finaliza Zimmerman.
Em 2018, o Brasil conquistou o 3º lugar geral entre 11 delegações, enquanto em 2019 já foi campeão dentre 24 países.
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