O Centro Brasileiro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância (CPAPI) acaba de ser lançado. Com sede no Insper, em SP, a iniciativa surge com o objetivo de produzir evidências para aperfeiçoar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de crianças nos seis primeiros anos de vida. Ações preventivas adotadas nessa fase, denominada primeira infância, podem gerar impactos que vão acompanhar a criança ao longo de sua vida, não só na saúde, mas nos aspectos comportamentais, desempenho escolar e futuro profissional.

Leia: O que falta na formação de professores da educação infantil?

A saber, o centro planeja desenvolver uma plataforma para armazenar informações coletadas em uma amostra de crianças e integrá-las a registros administrativos de educação e saúde. Alimentada por meio de aplicativos, ela poderá ser acessada por profissionais e gestores públicos, que serão incentivados a utilizar os indicadores na elaboração de políticas públicas.

O CPAPI também pretende promover a capacitação de profissionais nas áreas de saúde, educação e assistência social, bem como de estudantes de ensino médio, graduação e pós-graduação. Os públicos são distintos, contudo, o objetivo é um só: aprimorar e difundir o conhecimento acerca dos impactos de um desenvolvimento infantil saudável.

Organização

Vinculado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o centro de pesquisa é uma iniciativa do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), que é formado pelas seguintes organizações: Center on the Developing Child da Universidade Harvard, David Rockefeller Center for Latin American Studies, Faculdade de Medicina da USP, Fundações Bernard van Leer e Maria Cecilia Souto Vidigal, Insper e Porticus América Latina.

Em resumo, o CPAPI será dirigido por Naercio Menezes Filho, que é coordenador da Cátedra Ruth Cardoso no Insper e do Comitê Científico do NCPI, além de lecionar na FEA-USP. Também atuarão como pesquisadores principais do centro Anna Maria Chiesa, Daniel Domingues dos Santos, Helena Brentani, Maria Beatriz Martins Linhares e Rogério Lerner.

Leia também:

Lei Ágatha Félix: crimes contra crianças e jovens terão prioridade de investigação

O impacto da pandemia na saúde mental das crianças e adolescentes