ARTIGO
Torneios mundiais aquecem os jovens para o desenvolvimento de inúmeras habilidades
Publicado em 09/06/2021
Estudantes brasileiros estão entre os finalistas de importantes competições mundiais de robótica: a FIRST Robotics Competition (FRC), o Global Innovation Awards (GIA) e o F1 in schools. Conheça os torneios e as equipes que vão competir.
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A FIRST Robotics Competition é a categoria mais complexa entre as competições de robótica da FIRST, organização internacional sem fins lucrativos fundada em 1989 que promove diversos torneios. Nela, alunos de 14 a 18 anos do ensino médio constroem e programam robôs de grande porte, que chegam a 55 kg e 1,5 metro de altura, para realizar tarefas na arena.
O regional da América Latina, ocorreu em 11 de maio, e consagrou quatro equipes brasileiras em diferentes premiações: a Megazord 7563, do SESI/SENAI de Jundiaí, SP; a Nióbio 7566, do SESI/SENAI de Campinas, Hortolândia e Valinhos, SP; a Under Control 1156, do Colégio Marista Pio XII de Novo Hamburgo, RS; e a Magic Island 5800, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
A Nióbio levou a Skills Competition, que, neste formato online, substituiu a partida em quadra. Participaram 1.302 equipes de diferentes países, divididas em 52 grupos, que enviaram os vídeos dos robôs completando as missões pré-estabelecidas pela organização. O grupo da Nióbio contava com competidores do México, Singapura, Turquia, Israel e Estados Unidos, sendo ela a única representante da América Latina e do Caribe na lista dos 52 campeões.
Uma de suas integrantes, a Vanessa Mendes Vieira da Silva, foi premiada ainda na Dean’s List, categoria individual que reconhece os competidores de destaque.
“Quando entrei no SESI, no 1º ano, e tive meu primeiro contato com a robótica, foi um choque, porque não conhecia nada. Logo no início do ano, fizeram um tour no fab lab, e eu falei ‘quero ser parte disso’. Mesmo não podendo viajar neste ano, a gente teve contato com juízes de fora pela internet. Mudou a minha percepção das coisas, amadureci”, diz Vanessa Mendes.
Ela e o jovem Bruno Nunes Toso, mentor da Under Control 1156 indicado ao Woodie Flowers – outra premiação individual –, vão passar por mais uma rodada de apresentações, na primeira quinzena de junho, para disputar o título mundial, que será anunciado em 26 de junho.
A equipe do Bruno Nunes, Under Control 1156, é ainda representante da América Latina no prêmio mais tradicional, o Chairman’s, que consagra o trabalho da equipe nos últimos três anos. “Com o trabalho online, conseguimos aproveitar para desenvolver outras habilidades como equipe. Chegamos em um nível muito industrial, com a máquina mais complexa, tanto que vencemos uma categoria técnica, de design. Na hora de montar o robô, já tínhamos o projeto pronto, estruturado, e foi mais organizado”, destaca.
A equipe Megazord 7563, do SESI/SENAI de Jundiaí (SP), foi consagrada uma das 20 finalistas da categoria FRC no Global Innovation Awards (GIA) – anunciado em vídeo pela FIRST. Participaram da disputa 882 times de cerca de 110 países. Em razão da pandemia, a competição segue online, com anúncio dos vencedores em 30 de junho também no canal da FIRST no YouTube.
O GIA é o maior prêmio de inovação da robótica educacional, que destaca os melhores projetos e protótipos para problemas do mundo real dentro do tema definido para a temporada, que neste ano está relacionado à prática de atividades físicas. As propostas precisam demonstrar originalidade e viabilidade.
Na outra categoria do GIA, a FIRST LEGO League Challenge (FLL) – em que estudantes de nove a 16 anos usam programação para movimentar robôs feitos de LEGO –, duas equipes representam o Brasil: a SESI Big Bang, de Birigui, SP, formada apenas por meninas; e a SESI Biotech, de Barra Bonita, SP.
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Parte de um projeto internacional da Fórmula 1, a competição é voltada para estudantes de nove a 19 anos que formam equipes de três a seis integrantes para enfrentar desafios reais da modalidade. Como as escuderias Ferrari, Mercedes e McLaren, os competidores assumem as funções de gerenciamento, marketing, engenharia e design, além de projetar, modelar, testar e colocar em movimento um protótipo de carro de F1.
Em uma das provas, o objetivo é cruzar a pista de 20 metros na maior velocidade – os carros, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h. Nesta temporada 2019/2020, que teve o calendário adiado em razão da covid-19, as 44 equipes de mais de 15 países participaram de 15 sessões de Zoom interativas, entre 4 e 8 de junho.
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