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Ritmo acelerado: edtechs agitam setor educacional

E começamos mais um ano letivo na educação básica brasileira. Famílias mobilizadas, alunos organizando seus materiais, escolas abertas. Parece que voltamos à rotina, só que não. Ainda pairam no ar muitas dúvidas, especialmente para os gestores de educação. Uma delas é o fato de que […]

Publicado em 09/02/2022

por Ricardo Tavares

E começamos mais um ano letivo na educação básica brasileira. Famílias mobilizadas, alunos organizando seus materiais, escolas abertas. Parece que voltamos à rotina, só que não. Ainda pairam no ar muitas dúvidas, especialmente para os gestores de educação. Uma delas é o fato de que a digitalização do setor se acelerou com o ensino remoto, realidade vivida pelas escolas ao longo de quase todo o ano de 2020 – e boa parte de 2021- e que ainda não está plenamente descartada como possibilidade nesse início de 2022. No entanto, há ganhos também. Este fenômeno, além de impulsionar os professores em novos modelos de aula e novas ferramentas, provocou um crescimento acelerado das edtechs, startups dedicadas às soluções para educação.

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Leia: Covid-19 e o isolamento social impulsionam as startups de educação

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Segundo pesquisa da plataforma de inovação Distrito, o setor cresceu 28% durante a pandemia, indo de 434 em 2019 para 559 em dezembro de 2020. As edtechs em atividade no país estão distribuídas em ensinos específicos (22,4%), novas formas de ensino (22,2%), plataformas para a educação (20%), ferramentas para instituições (17,5%), foco no estudante (11,1%), conteúdo educativo (4,1%) e financiamento do ensino (2,7%). Os dados são do final de 2020.

Outra pesquisa da Distrito, com dados de janeiro a setembro de 2021, mostra que as edtechs foram responsáveis por arrecadar US$ 525,6 milhões em aportes. Com isso, segundo o Mobile Time, ficaram em quarto lugar dentre os nichos de startups mais visadas, atrás das fintechs (quase US$ 3 bilhões), real estate (US$ 1 bilhão) e retailtechs(US$ 928,8 milhões).

Lendo esses números fica evidente que as edtechs crescem ao suprirem novas demandas do setor de educação, tornando-se forte aliadas no processo contínuo de adaptação ao cenário trazido pela pandemia. Em um primeiro momento, a necessidade de as escolas migrarem do modelo de ensino presencial para o remoto destacou a importância da tecnologia e da inovação para os processos de ensino e de aprendizagem.

Esse movimento gerou uma curva de aprendizado em todo o ecossistema de educação, que tem nas edtechs uma frente de oportunidades para suprir novas demandas e buscar soluções em um cenário mais complexo e desafiador. Um exemplo é a FTD Educação, que lançou recentemente um programa de inovação aberta, chamado Órbita (https://www.orbita.ftd.com.br/), para seleção e aceleração de edtechs. Com inscrições abertas até 18 de fevereiro, o Órbita busca criar um framework de empresas e soluções inovadoras que consiga entregar uma experiência ainda melhor para a comunidade escolar.   

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Leia: A educação orientada por dados

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Em um cenário de salas de aula cada vez mais integradas às soluções tecnológicas, no âmbito da experiência dos alunos, por exemplo, existe uma ampla gama de inovações digitais que ainda podem ser criadas e aprimoradas – incluindo, por exemplo, iniciativas de inteligência artificial (IA), realidade virtual (VR), realidade aumentada (RA) e internet das coisas (IoT). Já os professores passam a contar com novas possibilidades de fomentar o aprendizado, com soluções para estimular a participação dos estudantes e trazer novos estímulos aos alunos.

Focadas em soluções diversas que abrangem a individualização do ensino,uso de Big Data, aprendizagem imersiva, plataformas de ensino, gamificação,acessibilidade e gestão, a gama de ofertas das edtechstraz novas oportunidades para toda a cadeia e representa uma oportunidade para acelerar a inovação na educação dentro das diversas realidades regionais que um país com a dimensão do Brasil apresenta.

Uma boa notícia complementar é que educadores de todo país têm muito a contribuir nesse avanço e no incentivo à busca por soluções tecnológicas que enriquecem e qualificam o ensino, além de chances de enveredar nessa onda, que acredito não será passageira e, sim, um motor para revolucionar a educação.

Ricardo Tavares é diretor-geral da FTD Educação

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Autor

Ricardo Tavares


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