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Uma microescola se difere das escolas de pequeno porte devido às suas metodologias. Ela está focada em uma equipe pedagógica que trabalhe mais com a participação e protagonismo do aluno, saindo do convencional de sala de aula, explicou Thiago Almeida, fundador e diretor-executivo da Rede […]
Publicado em 12/05/2022
Uma microescola se difere das escolas de pequeno porte devido às suas metodologias. Ela está focada em uma equipe pedagógica que trabalhe mais com a participação e protagonismo do aluno, saindo do convencional de sala de aula, explicou Thiago Almeida, fundador e diretor-executivo da Rede Escola Hub, durante o painel Gestão de microescolas inovadoras, que aconteceu hoje, 12, na Bett Brasil.
Thiago citou o trabalho realizado por uma estudante cuja paixão pela dança e por Michael Jackson incentivou à elaboração de um projeto que envolveu disciplinas como matemática e português. Com essa proposta de um ensino focado em projetos, sua aluna aprendeu a construção de gráficos, o formato de biografia e redação, trabalhando com base em sua curiosidade e interesse. “A microescola nasceu como tentativa de personalizar, tentando montar percursos individualizados a partir das relações”, explicou.
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Outro ponto levantado pelo diretor é pensar e saber utilizar as tecnologias de formas diferentes para trazer mais resultados. “Um lápis é uma tecnologia analógica. O lápis utilizado para copiar o quadro vai provocar resultados de aprendizagem diferentes do que o lápis utilizado para anotar uma discussão ou pensamento. Não é a tecnologia que determina o sucesso da aprendizagem, é como ela é utilizada.”
Paulo Batista, da Alicerce Educacional, ao contrário da Hub, trabalha em conjunto com as escolas promovendo aulas nos contraturnos. Ele apresentou dados da prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) de 2018, em que fica evidente o baixo índice de rendimento dos alunos no Brasil comparado com outros países como a China. “O Brasil tem essa tradição da aprovação automática no foco da nota. Notas, muitas vezes, não são verdadeiras, porque se forem, elas geram um trauma, um problema, e toda essa bola de neve do sistema público com aprovação automática e na escola particular, vira aquela pressão de passar de ano e com isso lacunas de aprendizagem vão se acumulando” comentou.
Paulo enfatizou ainda que o rendimento do aluno com uma metodologia mais focada em auxiliar o aluno, no seu individualismo, auxilia a evoluir esses dados ruins.
Ambos os palestrantes incentivam a metodologia que as microescolas apresentam como solução para as perdas de aprendizagem e destacam que é preciso começar a sair do formato tradicional de ensino.
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