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A Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), abriu inscrições para a terceira edição do curso de aperfeiçoamento Juventudes, espaço escolar e violências: uma proposta de intervenção social, voltado para a comunidade escolar, área social e demais […]
Publicado em 16/05/2023
A Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), abriu inscrições para a terceira edição do curso de aperfeiçoamento Juventudes, espaço escolar e violências: uma proposta de intervenção social, voltado para a comunidade escolar, área social e demais interessados. As inscrições vão até 5 de junho.
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A preocupação da OEI com relação à violência nas escolas conta com mais de dez anos. Sempre em parceria com a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) e o Governo Federal, remonta a 2012, quando foi lançado o livro Conversando sobre violência e convivência nas escolas, resultado de uma pesquisa qualitativa realizada em 20 escolas públicas do ensino fundamental e médio das cinco regiões brasileiras.
Voltada à comunidade escolar, a publicação busca contribuir para a compreensão de algumas das dimensões do cotidiano que conformam o clima escolar, tornando-o mais suscetível, ou não, à ocorrência de violências. Oferece, também, subsídios e sugestões para que as escolas invistam na prevenção das violências e na convivência solidária e democrática, pautada no respeito aos direitos humanos.
Três anos depois, em 2015, uma nova pesquisa com o objetivo de escutar as juventudes, suas narrativas, seus olhares sobre o contexto escolar e suas reflexões sobre políticas públicas frente aos diversos problemas que apresenta a educação, foi realizada. Juventudes na escola, sentidos e buscas: por que frequentam? buscou conhecer quem são os jovens que frequentam a escola a fim de identificar o lugar da escola na produção do conhecimento, o clima escolar, as relações com os professores e entre os alunos no horizonte de motivações. A questão nuclear foi a discussão do porquê de alguns jovens permanecerem na escola e outros a abandonarem.
Em 2016, uma nova pesquisa, Diagnóstico participativo da violência nas escolas, revelou que:
• cinco em cada 10 alunos indicaram que foram agredidos física ou verbalmente na escola.
• 69,7% do corpo discente declarou ter presenciado alguma situação de violência entre pares dentro da escola.
• 7,4% do corpo discente relataram que se sentiram ofendidos ou humilhados.
• Ameaças e cyberbullying foram as formas de agressão mais citadas.
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A partir de 2020, OEI e Flacso decidiram lançar o curso Juventudes, espaço escolar e violências: uma proposta de intervenção social, que já alcançou 196 participantes de diferentes regiões da América Latina, incluindo Brasil, México, Cuba, Argentina, Paraguai e Uruguai, gerando duas publicações com artigos de alguns cursistas: Juventudes, educação e violências: articulações e controvérsias e Reflexões sobre convivências e violências nas escolas, ambas em 2021. Está prevista para 2023 mais uma publicação com artigos de alguns trabalhos da turma do ano passado.
Nesta edição a OEI concederá 80 bolsas para os aprovados no processo seletivo. O curso é online com duração de seis meses, composto por três módulos de 50 horas cada. Ao final, os participantes deverão apresentar um artigo científico ou um pré-projeto de pesquisa acadêmica e receberam certificado pela OEI e a Flacso. Os trabalhos finais que se destacarem serão publicados na série Cadernos Flacso.
“A OEI busca propostas de ações que contribuam para a erradicação da violência escolar, tendo como base a educação como direito fundamental. O reconhecimento das subjetividades jovens auxilia o fomento da convivência ética no espaço escolar, nas relações interpessoais e na cultura da instituição, contribuindo, inclusive, para o fortalecimento da democracia”, afirma Raphael Callou, diretor da OEI.
Curso: Juventudes, espaço escolar e violências: uma proposta de intervenção social
Inscrição: Clique aqui
Data: de 5 de maio a 5 de junho