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Estudantes, professores e diretores brasileiros tiveram a oportunidade, durante uma semana, de participarem de diversas palestras e aulas que envolvem conhecimentos sobre o espaço, a busca por vida em outro planeta e a resolução de problemas no Kennedy Space Center, um dos 10 centros de […]
Publicado em 03/07/2023
Estudantes, professores e diretores brasileiros tiveram a oportunidade, durante uma semana, de participarem de diversas palestras e aulas que envolvem conhecimentos sobre o espaço, a busca por vida em outro planeta e a resolução de problemas no Kennedy Space Center, um dos 10 centros de campo da NASA, em Orlando, nos Estados Unidos.
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A iniciativa coloca o inglês como o meio para uma aprendizagem ativa, mão na massa e que dialogue com as necessidades e habilidades do século 21.
“Programamos um robô para funcionar semelhantemente a um rover de exploração [veículo espacial que se move na superfície de um planeta]. Além dessa atividade prática, os nossos orientadores também nos ensinaram muito durante as aulas sobre missões espaciais e os recursos que são empregados nessas ocasiões, além de nos levarem em diferentes exposições”, explica Larissa Sabino, formada pelo Colégio Mater Christi, de Mossoró, Rio Grande do Norte.
Imagine poder escutar e conversar com Gary Stuttle, o pesquisador e astrobiólogo consultor do Perdido em Marte, filme estadunidense que retrata um astronauta preso no planeta tentando arrumar formas de criar seu próprio alimento e sobreviver. Essa foi apenas uma das experiências marcantes cujos estudantes puderem exercitar o inglês junto a outras áreas do conhecimento e tendo ainda como estímulo estar em um ambiente que meche com o imaginário de quem está ali.
Jefferson Feitosa, diretor de marketing da International School, empresa brasileira de soluções educacionais bilíngue, acompanhou de perto a imersão. “Os alunos foram entendendo, não somente a vida de um astronauta de modo amplo, mas também quais são os impactos do ser humano sair da Terra, por exemplo, a depressão, já que o astronauta passa nove meses [trajeto da Terra a Marte] em um espaço confinado com as mesmas pessoas, sem ter a família por perto. Então os alunos tiveram uma visão holística, não somente da parte de engenharia, mas também da saúde, saúde mental e muito mais.”
A imersão também contou com uma cientista química que explicou como identificar vida em outros planetas. Por meio de exercícios práticos com alguns elementos químicos, os estudantes aprenderam de forma simples o processo de identificação e a importância de se enviar os rovers (robôs) ao espaço para colher amostras a serem testadas. Além disso, também tiveram aulas de robótica, física, engenharia, ciência e até mesmo arte.
“A cientista trouxe a importância de ter uma equipe interdisciplinar, que não adianta só ter uma equipe de astronautas, é preciso químicos, biólogos, cientistas da computação, designers ou videomaker para explicar como alguns processos vão funcionar. Isso abriu um leque gigante de possibilidades para os alunos que estavam lá, eles ficaram: ‘Nossa. Então quer dizer que eu posso trabalhar um dia em uma agência espacial? Eu nem imaginava, achava que tinha que ser engenheiro ou astronauta”’, conta Jefferson Feitosa.
Escute nosso episódio de podcast:
Desenvolvido em 2019, o programa é uma parceria entre o Kennedy Space Center e a International School. Podem participar escolas parceiras da International School e os estudantes devem estar cursando o ensino médio. Por conta da pandemia, os alunos que participaram da semana de atividades no centro espacial deste ano já se formaram. Ao todo foram 19 alunos, quatro professores e 22 diretores.
“O pessoal do centro espacial comentou que nunca tiveram um grupo de alunos tão engajado, criativo, com uma capacidade de resolução de problema e pensamento crítico tão aguçado. Por exemplo, quando os astronautas colocaram como desafio retirar uma amostra de rocha do ponto X do mapa que tinham à disposição, os alunos tiraram de letra. Enquanto os alunos das temporadas passadas, de outros países, quebravam a cabeça e tentavam a programação mais difícil e soluções mirabolantes, os alunos brasileiros pensaram mais simples. Eles ficaram encantados com o grupo brasileiro”, reforça Jefferson.
Para participar, os estudantes precisam desenvolver um projeto — conforme os temas estabelecidos nos materiais do programa da International School — que passa por avaliação e posteriormente a seleção. Os alunos selecionados têm a oportunidade de viajar e apresentar o projeto ganhador para a equipe do centro espacial, além de realizarem um projeto no próprio local.
“Durante essa semana, tivemos diversas atividades propostas com temas relacionados ao projeto de colonização que desenvolvemos e apresentamos no último dia, em grupo. Por exemplo, desenvolvemos um sistema de hidroponia com algumas peças que foram separadas para cada grupo, com o objetivo de simular um sistema que pudesse ser utilizado em uma possível missão de colonização”, relata a formanda Larissa Sabino.
A jovem conclui que a experiência em participar de um programa desse porte teve um impacto positivo não só para ela, mas para todos os outros estudantes. “Alguns, assim como eu, buscam carreira internacional e acredito que o programa permitiu que tivéssemos uma nova visão sobre o que nos aguarda no futuro.”
Para mais informações sobre como participar do programa clique aqui e acesse o site da International School.